Gabigol teve outra boa atuação e, assim como em 2019, balançou 
a rede - Alexandre Vidal / Flamengo
Gabigol teve outra boa atuação e, assim como em 2019, balançou a redeAlexandre Vidal / Flamengo
Por Danillo Pedrosa e Venê Casagrande
Rio - Na reestreia sob comando de Jorge Jesus, o Flamengo manteve o velho hábito de triturar os adversários. Diante de mais de 53 mil pessoas no Maracanã — o maior público do ano no futebol brasileiro —, o Rubro-Negro suou, mas venceu por 3 a 1 o Resende, de virada, e encaminhou a classificação às seminais da Taça Guanabara. Alef Manga abriu o placar, mas Pedro, Gabigol e Bruno Henrique decretaram a virada.

Sob gritos de "o campeão voltou", o Flamengo deixou o gramado na segunda colocação do Grupo A, com 10 pontos, e depende apenas de si para passar de fase — se empatar, precisará torcer por tropeços do Botafogo e do Boavista.

Num gramado ainda encharcado pela forte chuva que caiu antes da partida, o elenco principal começou a temporada do jeito que o torcedor se acostumou a ver, encurralando o adversário, e o primeiro tempo foi um festival de chances perdidas. Na melhor delas, Bruno Henrique acertou o travessão em chute de longe. Pouco depois, parou em defesa de Ranule. Everton Ribeiro e Arrascaeta também chegaram perto de marcar.

Ainda em ritmo de pré-temporada, o time deixou a intensidade cair na etapa final. Para delírio da torcida, Jorge Jesus promoveu as estreias de Michael e Pedro, mas foi o Resende que abriu o placar. Em rápido contra-ataque, Alef Manga arrancou e, da entrada da área, acertou o canto direito de Diego Alves. Na comemoração, provocou a torcida rubro-negra ao imitar o tradicional gesto de Gabigol.

Bastou sofrer o gol para despertar o velho inconformismo com a derrota e retomar a pressão. Aos 29, Filipe Luís fez boa jogada e Pedro, de primeira, marcou seu primeiro gol com a camisa rubro-negra — a bola ainda desviou em Rezende antes de entrar. Aos 37, Bruno Henrique cruzou para Gabigol que, de cabeça, virou a partida e, como sempre, comemorou ao seu estilo. Quem ri por último, ri melhor.

Inflamada, a torcida já tinha certeza: o rolo compressor de Jorge Jesus estava de volta. E ainda cabia mais. Após jogada de Pedro, Bruno Henrique só precisou empurrar para a rede, aos 40, e fechar o placar.