Publicado 29/06/2020 18:45 | Atualizado 29/06/2020 18:45
Rio - Um ano e meio após a tragédia que vitimou 10 jovens no Ninho do Urubu, o Flamengo segue conversando com as famílias em busca de acordo na Justiça. Recentemente, o clube fechou acordo com a família de Bernardo Pisseta, e o vice-presidente jurídico e geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee comentou sobre possíveis novos acordos com o restante dos familiares dos atletas.
"Olha, eu tenho acompanhado uma movimentação dos advogados (dos familiares) com os nossos advogados. Novas conversas sugiram. O pai do Bernardo, que se chama Darlei, ele tem uma liderança e um cara respeitado no grupo dos demais familiares. Eu acho e espero que esse acordo vá repercutir nas outras famílias e que a gente consiga encerrar essa história o mais rápido possível. Tenho visto movimentos, não que esteja próximos de um acordo, mas a conversa está rolando", disse Dunshee ao canal 'Venê Casagrande'.
Após o acordo com a família de Bernardo, realizado no início do mês, o Rubro-Negro já chegou a um acordo com quatro famílias e meia (já que o pai de Rykelmo aceitou e ainda falta a sua mãe) das dez famílias dos mortos no incêndio do Ninho. Dunshee também comentou sobre a possibilidade de encerrar a gestão atual no clube, em 2021, sem todos os acordos sacramentados.
"Olha só... Eu acho que estamos fazendo tudo com muita responsabilidade e cuidado, responsabilidade com a questão financeira do Flamengo e também com as famílias. Estamos tentando acordar. Acho que estamos muito longe ainda de 2021. 2021 é uma data onde o direito dessas famílias já vai estar próxima da prescrição. Se eu tivesse que apostar em alguma coisa, eu acho que não chegaria até lá. Eu acho que o simples fato de só meia família, só a mãe do Ryklemo ter entrado na justiça, revela na verdade que não existe a vontade de ir à Justiça, nem por parte do Flamengo, nem por parte das famílias", disse o dirigente, que complementou:
"Essa questão de perder um ente querido é muito delicado. Essas famílias ainda estão em luto. Eu acho que quando elas resolveram a questão do luto, não de esquecer, mas no sentido de superar um pouco, vai facilitar a elas a caminhar de vez o acordo. "Eu não tenho medo porque não estou nem pensando nisso e nem penso nessas coisas colaterais que você colocou. Eu entendi a sua pergunta, mas se eu tivesse que apostar, eu acho que não chegaria até o fim de 2021", emendou.
O vice-presidente também revelou a principal dificuldade nos acordos entre Flamengo e famílias.
"Acho que a coisa que mais atrapalha é porque as pessoas estão magoadas e feridas. Às vezes, a questão financeira, o dinheiro, é mais uma forma de revelar UMA insatisfação por tudo que aconteceu. A gente só tinha 30 dias de gestão. A gente não se sente responsável, embora o Flamengo seja responsável, porque as crianças estavam lá para serem educadas e serem jogadores de futebol, o Flamengo não está fugindo da sua responsabilidade, mas no ponto de vista pessoal, nós dirigentes que estávamos lá há 30 dias não nos sentimos responsáveis", disse, antes de encerrar:
"Acho o que dificulta é um pouco a dor das famílias. Não é uma coisa fácil. Você não está falando de um acordo. de Contrato de locação, de um despejo, é a vida de um filho dessas pessoas. Então, é difícil. Não é fácil. Se fosse só a questão financeira, como locação, compra e venda de um carro, era fácil. Agora, a questão afetiva é muito forte. Eu acho que existe uma situação afetiva e dolorosa muito grande que atrapalha um pouco, mas está caminhando e estou otimista", finalizou Dunshee.
"Olha, eu tenho acompanhado uma movimentação dos advogados (dos familiares) com os nossos advogados. Novas conversas sugiram. O pai do Bernardo, que se chama Darlei, ele tem uma liderança e um cara respeitado no grupo dos demais familiares. Eu acho e espero que esse acordo vá repercutir nas outras famílias e que a gente consiga encerrar essa história o mais rápido possível. Tenho visto movimentos, não que esteja próximos de um acordo, mas a conversa está rolando", disse Dunshee ao canal 'Venê Casagrande'.
Após o acordo com a família de Bernardo, realizado no início do mês, o Rubro-Negro já chegou a um acordo com quatro famílias e meia (já que o pai de Rykelmo aceitou e ainda falta a sua mãe) das dez famílias dos mortos no incêndio do Ninho. Dunshee também comentou sobre a possibilidade de encerrar a gestão atual no clube, em 2021, sem todos os acordos sacramentados.
"Olha só... Eu acho que estamos fazendo tudo com muita responsabilidade e cuidado, responsabilidade com a questão financeira do Flamengo e também com as famílias. Estamos tentando acordar. Acho que estamos muito longe ainda de 2021. 2021 é uma data onde o direito dessas famílias já vai estar próxima da prescrição. Se eu tivesse que apostar em alguma coisa, eu acho que não chegaria até lá. Eu acho que o simples fato de só meia família, só a mãe do Ryklemo ter entrado na justiça, revela na verdade que não existe a vontade de ir à Justiça, nem por parte do Flamengo, nem por parte das famílias", disse o dirigente, que complementou:
"Essa questão de perder um ente querido é muito delicado. Essas famílias ainda estão em luto. Eu acho que quando elas resolveram a questão do luto, não de esquecer, mas no sentido de superar um pouco, vai facilitar a elas a caminhar de vez o acordo. "Eu não tenho medo porque não estou nem pensando nisso e nem penso nessas coisas colaterais que você colocou. Eu entendi a sua pergunta, mas se eu tivesse que apostar, eu acho que não chegaria até o fim de 2021", emendou.
O vice-presidente também revelou a principal dificuldade nos acordos entre Flamengo e famílias.
"Acho que a coisa que mais atrapalha é porque as pessoas estão magoadas e feridas. Às vezes, a questão financeira, o dinheiro, é mais uma forma de revelar UMA insatisfação por tudo que aconteceu. A gente só tinha 30 dias de gestão. A gente não se sente responsável, embora o Flamengo seja responsável, porque as crianças estavam lá para serem educadas e serem jogadores de futebol, o Flamengo não está fugindo da sua responsabilidade, mas no ponto de vista pessoal, nós dirigentes que estávamos lá há 30 dias não nos sentimos responsáveis", disse, antes de encerrar:
"Acho o que dificulta é um pouco a dor das famílias. Não é uma coisa fácil. Você não está falando de um acordo. de Contrato de locação, de um despejo, é a vida de um filho dessas pessoas. Então, é difícil. Não é fácil. Se fosse só a questão financeira, como locação, compra e venda de um carro, era fácil. Agora, a questão afetiva é muito forte. Eu acho que existe uma situação afetiva e dolorosa muito grande que atrapalha um pouco, mas está caminhando e estou otimista", finalizou Dunshee.
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