Por pedro.logato
Rio - Tempo fechado, com previsão de raios e trovoadas, mas o sol ainda pode brilhar no fim de semana. Basta acreditar. Com discurso otimista, o Fluminense sabe que precisa de um milagre para se manter na Série A do Brasileiro, em 2014, e se apega à mística de superação de sua rica história.
Fluminense vai treinar na UrcaDivulgação

Além de ter de vencer o Bahia, domingo, em Salvador, precisa secar Vasco e Coritiba. Tarefa das mais difíceis para o atual campeão nacional, que, atrás de paz, se refugiou desde segunda na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, onde ficará até sexta-feira.

Há ainda um pote de ouro no fim do arco-íris: premiação de R$ 1 milhão que será dada pela patrocinadora em caso de permanência na elite. É a bonança após o vendaval. Mas só se a queda não abalar as estruturas de uma das equipes mais caras do futebol pentacampeão mundial.
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“O sofrimento do torcedor é igual ao nosso. Ninguém imaginava passar por essa situação. Agora temos de fazer a nossa parte. Se vencermos o Bahia, temos boas possibilidades de continuar na Série A”, afirmou o diretor-executivo Rodrigo Caetano, que planeja permanecer mesmo em caso de queda e comandar a reformulação da equipe.
Abatido com a situação delicada, Rafael Sobis vê a esperança em três cores e espera que o Flu faça sua parte para obter o milagre. Com o sentimento de culpa, ele revela que não anda saindo de casa para evitar palavras e olhares de tricolores decepcionados.
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“Deixamos de fazer tudo. A profissão é assim. Tentamos o melhor, mas nem sempre conseguimos. Nunca queremos deixar um legado ruim para o clube e para nós mesmos. Está parecendo que matamos alguém, então evitamos sair de casa”, frisou cabisbaixo.
Astros querem ficar. Fred é incógnita
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Como se não bastasse a ameaça de rebaixamento, o Fluminense ainda convive com a incerteza sobre o futuro de seus principais astros para a temporada de 2014. Especulado no Cruzeiro, Fred pode estar de saída, mas tal decisão só será tomada após o fim do Brasileiro. Conca, que acertou contrato de três anos, disputará a Série B se for preciso, enquanto Rafael Sobis e Rodrigo Caetano fazem questão de ficar.
“O cenário é delicado, mas o meu desejo é seguir em caso de insucesso. Para ajudar numa possível reformulação, em ajustes de peças, mas que isso ocorra sem ser com o Fluminense na Série B”, torce o dirigente, que conta com o argentino Conca em qualquer divisão. “A permanência ou não na Série A nunca foi condição para o Conca retornar ao Fluminense.”
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