Rio - Quando assumiu o Fluminense a uma semana atrás, Levir Culpi afirmou que a torcida quando vai para o estádio precisa estar com a escalação da equipe na ponta da língua. Porém, para deixar o torcedor nesta condição comentada, o treinador precisa resolver um complicado quebra-cabeças no time titular do Flu. Durante a passagem de Eduardo Baptista à frente da equipe, a equipe não tinha nenhum padrão tático. Conhecido pela intensidade e entrega total em campo de suas equipes, Levir precisa resolver alguns problemas para implantar seu sistema de jogo.
A primeira dessas peças do quebra-cabeças do novo tricolor é como encaixar Fred e Diego Souza no time de forma que a marcação não fique prejudicada. Em um futebol que a compactação e pressão no adversário ditam moda, é praticamente impossível jogar com dois jogadores a menos na defesa. O talento desses jogadores é indiscutível: Fred é o terceiro maior artilheiro da história do clube — com 167 gols — e Diego Souza foi o principal reforço na temporada, pelo bom desempenho com o Sport no ultimo Brasileirão, porém nenhum dos dois está mais no seu auge físico.
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Outra peça a ser encaixada neste tabuleiro é a solução dos constantes problemas defensivos. Henrique, comprado junto ao Napoli por 8 milhões de reais, não é nem de longe o zagueiro de Palmeiras e Coritiba, com um desempenho pífio . Marlon, outrora revelação de Xerém, esqueceu seu bom futebol em 2015 e vem falhando constantemente. Gum e Renato Chaves são reservas que não empolgam a torcida.
Por último Levir precisa definir a posição de duas peças chaves: Cícero e Gustavo Scarpa. Mesmo polivalentes, os jogadores mostram as suas posições de melhor rendimento. Cícero, volante de origem, tem qualidade em finalizar e chega bem na área, e por muitas vezes já foi escalado de segundo atacante, mas com futebol abaixo do esperado. Já Scarpa fez as suas melhores partidas jogando em diversas posições no meio campo, porém já foi escalado como lateral-esquerdo e não rendeu como no atuando de meia.