Por pedro.logato

Rio - A cada dia que passa, Fred fica mais distante do Fluminense. Apesar de aparecer pontualmente para trabalhar a parte física no clube, o atacante está decidido a deixar as Laranjeiras, ainda mais com a aproximação de outros clubes. O camisa 9 já acertou as bases salariais com o Atlético-MG, mas a negociação está travada, porque Dátolo, pedido por Levir Culpi, não quer sair do time mineiro. Nesta quarta-feira, o São Paulo entrou de cabeça na briga, que promete esquentar nos próximos dias.

Enquanto o jogador se apresentava para uma atividade solitária, de manhã, nas Laranjeiras, seu irmão, Rodrigo Chaves, viajava para Belo Horizonte. Ele teve uma reunião com a diretoria do Galo e as partes chegaram a um acordo para a redução do salário — Fred recebe no Fluminense R$ 800 mil e tem contrato até 2018.

Fred está mais longe de continuar no FluminenseMailson Santana / Fluminense F.C. / Divulgação

OBSTÁCULO EM MINAS

No entanto, há dois entraves. O primeiro, e mais difícil de ser solucionado, é em relação aos atletas que o Atlético-MG cederia ao Fluminense. Levir já disse que quer Dátolo, seu jogador de confiança quando trabalharam juntos por lá. Os jovens Carlos (atacante) e Douglas (lateral-esquerdo) também poderiam ser envolvidos. O segundo é a rejeição da torcida atleticana. Ex-jogador do Cruzeiro, Fred não seria bem recebido e teria que fazer muitos gols para conquistar a galera.

Atendendo a um pedido do técnico Edgardo Bauza, o São Paulo decidiu entrar na disputa e foi o único clube a fazer um contato oficial com o Fluminense. O comandante são-paulino quer um atacante para substituir o argentino Calleri, que já está com a transferência acertada para a Europa no meio do ano.

As diretorias tentam encontrar um denominador comum para que o acordo satisfaça ambas as partes. Para acertar, os paulistas também pensam em propor uma redução dos vencimentos de Fred — com o Fluminense pagando parte dos salários —, porque o atacante ganha atualmente o dobro do teto no Morumbi. Alan Kardec e Michel Bastos, em crise com a torcida, poderiam ser envolvidos na transação.

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