Rio - O Fluminense foi pego de surpresa com decisão do Tribunal de Justiça do Espírito Santos, que determinou a penhora de R$ 10.540.074,28, além do bloqueio de transferências nos sistemas da CBF e da Fifa. A razão foi um processo do clube Real Noroeste, do Espírito Santo, que cobra o Tricolor pela venda de Richarlison ao Watford, da Inglaterra, e por dizer ter uma porcentagem na transferência do atacante para o Everton. A informação inicial foi publicada pelo 'Lance!' e confirmada pela reportagem.
Na ação, o Real Noroeste alega que o Fluminense não repassou a segunda metade dos 20% a que tinha direito na negociação com o Watford. O valor seria de R$ 6 milhões. Detentor de outros 30%, o América-MG também cobra na Justiça o não pagamento da segunda parcela que deveria ter acontecido em agosto (cerca de R$ 7,2 milhões).
Vale lembrar que, dos 6,28 milhões de euros (cerca de R$ 26,6 milhões) a receber em 2018 do Watford, o Tricolor antecipou ainda em 2017 ao pegar um empréstimo e ficar com 5,98 milhões de euros (cerca de R$ 25,4 milhões), perdendo outros 300 mil euros (R$ 1,2 milhão) de juros pagos à instituição financeira.
O clube capixaba ainda cobra mais R$ 4,4 milhões referentes à porcentagem que alega ter direito no valor que o Fluminense recebeu com a negociação entre Watford e Everton, na última janela de transferências inglesa. Na decisão, o Juiz Carlos Magno Telles também obriga o Fluminense a apresentar os contratos de negociação com os clubes ingleses.
O Fluminense, via assessoria de imprensa, disse que "ainda não foi notificado oficialmente da decisão, mas irá recorrer". Se não conseguir mudar na Justiça, qualquer dinheiro que pagar ou receber referente a negociações deve ser diretamente transferido para o Real Noroeste até que sejam pagos os R$ 10,5 milhões cobrados.
