Em eleição antecipada, Mário Bittencourt (C) sucedeu Pedro Abad (E) na presidência, e já brigou com o vice-geral, Celso Barros (D) - Mailson Santana/Fluminense FC
Em eleição antecipada, Mário Bittencourt (C) sucedeu Pedro Abad (E) na presidência, e já brigou com o vice-geral, Celso Barros (D)Mailson Santana/Fluminense FC
Por O Dia
O novo presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, foi empossado na noite desta segunda-feira, nas Laranjeiras, para o mandato até o fim de 2022. Em seu rápido discurso, o dirigente ressaltou que não houve processo de transição e por isso pediu paciência nesse início, além de união entre os tricolores.
A nova gestão começa oficialmente nesta terça-feira, mas Mário já iniciou os trabalhos na segunda, antes mesmo de ser empossado. Na árdua missão de recuperar financeiramente o clube, os primeiros dias serão dedicados a buscar dinheiro para quitar os salários atrasados, com um patrocinador master, e também refinanciar dívidas.
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Em um de seus primeiros compromissos, Mário foi ao Centro de Treinamento para conversar novamente com os jogadores junto ao vice-geral, Celso Barros. Após o contato inicial antes do Fla-Flu, a reunião desta segunda reforçou a promessa de quitar os dois meses de salários e os cinco de direitos de imagem. Os dirigentes avisaram que há uma negociação de patrocínio master em andamento e o valor seria usado para quitar a dívida. O empenho e a postura dos jogadores foram muito elogiados.
A questão financeira é a principal pauta, até em função da insatisfação do elenco tricolor com os constantes atrasos. Luciano, um dos líderes do grupo, deu o recado ao novo presidente após o Fla-Flu."Espero que a nova diretoria dê um jeito e consiga pagar a gente. Essa questão de salário é complicada".
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A ideia é buscar contrato de patrocínio de maior duração e antecipar luvas para pagar os salários. Entretanto, esse não é o único problema a resolver. Com o Fluminense perto da zona de rebaixamento, haverá busca por reforços. Apesar da promessa de contratação de dois nomes de peso, uma das prioridades da nova diretoria será a busca por um goleiro.
Além disso, Fernando Diniz, apesar do voto de confiança, terá uma cobrança. Após a eleição, Celso Barros reforçou que futebol é resultado e que não poderia deixar o time afundar. Um claro recado ao treinador, que continua sendo visto como o nome para comandar o time até o fim do ano, mas não é insubstituível.
"Treinador de futebol tem que se sentir seguro. Não sou um cara apegado ao meu emprego, sou dedicado ao meu trabalho", afirmou Diniz.
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POSSE NAS LARANJEIRAS
Durante a cerimônia de posse, com a presença do presidente da Ferj, Rubens Lopes, Pedro Abad, que deixou o cargo seis meses antes do previsto, ouviu princípio de vaias de alguns sócios e pediu união aos tricolores. Em seu discurso, Mário Bittencourt se emocionou e também fez questão de exaltar seu vice, Celso Barros, relembrando o apoio como antigo patrocinador num momento difícil do clube.