Marcão - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
MarcãoGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por Lance
Rio - Alvo de críticas durante toda a temporada, o setor defensivo do Fluminense vem sendo o ponto forte da equipe. Nos últimos três jogos, contra Botafogo, Cruzeiro e Bahia, nenhum gol sofrido e consequentemente, sete pontos conquistados, fazendo com que o Tricolor abrisse uma pequena vantagem para a zona de rebaixamento.

A melhora defensiva coincidiu com a efetivação de Marcão, que ocorreu após a vitória sobre o Grêmio, por 2 a 1, justamente a última vez em que o Fluminense foi vazado. A marca é tão expressiva que jamais aconteceu em 2019, contando também com o Campeonato Carioca, no qual o nível é bem mais fraco.

Antes do clássico diante do Botafogo, o Fluminense era o segundo time mais vazado do Campeonato Brasileiro, com 34 gols sofridos, um a menos que a Chapecoense, que segue na lanterna da competição. Após três rodadas, o Tricolor passou a ser a sexta pior defesa, à frente da Chape (39), Avaí (37) e CSA (35), que estão no Z4, além de Atlético (35) e Goiás (35).

Nesse período sem levar gols, o Fluminense conviveu com alguns desfalques que obrigaram Marcão a realizar mudanças na linha defensiva. Mesmo assim, o Tricolor manteve o nível. O time considerado titular enfrentou apenas o Botafogo. Caio Henrique e Allan estavam com a Seleção Olímpica e não entraram em campo diante de Cruzeiro e Bahia.

Na lateral-esquerda, Orinho foi o substituto. Já no meio-campo, Yuri jogou contra os mineiros e Airton foi a campo diante dos baianos. Digão também foi desfalque, só que por motivos distintos. Por questões contratuais, o zagueiro não enfrentou o Cruzeiro. Já diante do Bahia, o jogador foi substituído aos 10 minutos do primeiro tempo, por conta de um problema muscular, que posteriormente foi constatado ser uma lesão.

Nos dois jogos Frazan foi o substituto, situação que vai se repetir nesta quinta-feira, diante do Athletico, no Maracanã. Seu companheiro de zaga, Nino, tratou de dividir os méritos com todos os jogadores da equipe. Para ele, a mudança de mentalidade, somada a grande fase de Muriel, tem feito a diferença para que o Fluminense saia de campo ser ter tido as redes balançadas.

"A gente fica muito feliz pelos três jogos sem tomar gols. No primeiro turno teve vários jogos que comandávamos as ações e o adversário, com uma bola, acabava fazendo o gol. A gente vê uma mudança de mentalidade de todos. Não podemos atribuir o fato de não levar gols somente pela zaga. Todos estão empenhados e se dedicando a isso. Contamos com a ótima fase do Muriel, com a disposição do sistema defensivo, com o pessoal lá da frente. Eu creio que isso tem feito a diferença".