Dono de uma perna esquerda mágica, Rivellino marcou época atuando com a camisa do Fluminense. O craque também brilhou com a camisa da amarelinha, sendo um dos destaques na campanha do tri, em 1970 - Reprodução
Dono de uma perna esquerda mágica, Rivellino marcou época atuando com a camisa do Fluminense. O craque também brilhou com a camisa da amarelinha, sendo um dos destaques na campanha do tri, em 1970Reprodução
Por Lance
Rio - O primeiro dia do ano, celebrado com festa em todo o mundo, é uma data ainda mais especial para a torcida do Fluminense. O dia primeiro de janeiro é também o aniversário do ídolo Roberto Rivellino, que completou 74 anos. Pelas redes sociais, o Tricolor fez uma homenagem, nesta quarta-feira, ao ex-meia que marcou época com a camisa verde, branco e grená, nos anos 1970. 

"O primeiro dia do ano também é para celebrar o nascimento de um dos maiores jogadores da história do Fluminense e do futebol mundial. Parabéns, Rivellino! Obrigado por tanto", escreveu o clube no perfil oficial do Twitter.
— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) January 1, 2020
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Para homenagear o craque, o Fluminense também disponibilizou os vídeos dos três primeiros gols do antigo camisa 10 com a camisa tricolor. O tricampeão mundial mostrou o cartão de visita logo na estreia pelo Flu, com um "hat-trick" contra o ex-clube Corinthians, em amistoso no Maracanã, no ano de 1975.
— Fluminense F.C. (@FluminenseFC) January 1, 2020
Expoente da 'Maquina Tricolor'

Rivellino chegou ao Fluminense com o desejo de firmar seu bom futebol, que vinha sendo alvo de críticas após o Corinthians ter batido na trave na final do Campeonato Paulista de 1974, contra o Palmeiras. A derrota manteve o Timão em jejum de títulos, que vinha desde 1955. O "Garoto do Parque" tinha nas Laranjeiras a chance de mostrar o vigor de seu futebol.

Curiosamente, a estreia do meia aconteceu em um amistoso contra o ex-clube, que ficou para a história. Vestindo a camisa tricolor, Rivellino marcou três gols na goleada por 4 a 1 do Fluminense sobre o Corinthians. No jogo seguinte, ele voltaria a ver o Tricolor das Laranjeiras vencer o Timão (por 2 a 1). Estes seriam os primeiros passos de um período antológico.

Coube à "Patada Atômica" reger uma equipe que trazia nomes como o goleiro Félix, o lateral-esquerdo Marco Antônio e o atacante Paulo César Caju, seus antigos colegas de Seleção Brasileira, além de Assis e Gil.

O primeiro título como jogador profissional, pelo Tricolor, veio com um lance inesquecível para os torcedores do Flu. Riva marcou o gol da conquista da Taça Guanabara de 1975 no minuto final prorrogação. Na decisão entre Fluminense e Vasco, ele se desvencilhou do volante Alcir e partiu rumo ao gol da vitória por 1 a 0. A "Máquina Tricolor", poucos meses depois, se consagraria com o título do Carioca.

O time de craques seguiria forte no ano de 1976. O então presidente Francisco Horta anunciou as contratações de Carlos Alberto Torres, Rodrigues Neto e Doval. Além de conquistas na Europa, como o Torneio de Paris e o Torneio Viña del Mar, Rivellino continuou a ser um dos jogadores cruciais da Máquina Tricolor. A equipe partiu para a final do Estadual, e voltou a ser a melhor do Rio de maneira dramática: na prorrogação, o argentino Doval, de cabeça, decretou a vitória por 1 a 0, novamente sobre o Vasco.

Rivellino ainda seguiria nas Laranjeiras no ano seguinte. Porém, aos poucos, a equipe foi perdendo as forças devido às saídas de jogadores que formavam a Máquina. Até 1978, ano no qual partiu para o Al Hilal (SAU), o "Patada Atômica" honrou as cores do Tricolor das Laranjeiras.
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