Rio - Em uma temporada dominada por jovens talentos, quem lidera a artilharia do futebol brasileiro no momento é um veterano. Aos 39 anos, Nenê, do Fluminense, é o maior goleador do País, com 17 gols, e quem mais balançou as redes na Copa do Brasil (seis vezes). Ele é prova de que a disciplina na preparação ao longo dos anos faz diferença para ter carreira longeva e em alto nível
O repertório do meio-campista inclui gols de pênalti, falta, de fora da área e até um voleio deitado. Quando Nenê foi às redes, o time tricolor venceu 90% dessas partidas.
O repertório do meio-campista inclui gols de pênalti, falta, de fora da área e até um voleio deitado. Quando Nenê foi às redes, o time tricolor venceu 90% dessas partidas.
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Em entrevista ao Estadão, Nenê disse estar orgulhoso de ser referência para os mais jovens, contou os fatores que o levaram a ter destaque perto dos 40 anos e revelou que pensa em continuar jogando por mais dois ou três anos. Depois, sua ideia é ser técnico, dirigente ou até comentarista.
A que você atribui essa fase tão goleadora?
É uma junção de fatores. O fato de realmente me doar a cada dia no meu trabalho, fazer de tudo para honrar essa camisa, a confiança que todos me dão no clube e a experiência, que ajuda muito em determinados momentos. A minha primeira função sempre foi dar assistências, mas estou tendo a oportunidade de fazer gols e isso está sendo um "plus". Está acontecendo naturalmente
Esperava alcançar números tão expressivos neste ano?
Meus números agora são muito expressivos para um meia. Por eu ser meia e ter 39 anos, realmente não esperava marcar tantas vezes. Espero que essa fase dure por muito tempo.
Na maior parte da carreira você atuou como armador. No Fluminense tem bastante liberdade. Onde se sente mais confortável?
A minha posição principal é atrás do atacante, mas não tenho problema em jogar pela ponta também. De falso nove foi só em um jogo (contra o Flamengo). Depois já voltei a jogar atrás do camisa 9, que é onde eu tenho mais liberdade. Ali, além de poder servir meus companheiros, eu estou mais perto do gol e isso acaba me ajudando.
Como é a relação com os jovens no Fluminense? Quais os conselhos que você dá pra eles?
Sempre que posso eu os ajudo, estamos sempre conversando, nos treinamentos, jogos. Sempre que me pedem um conselho, que precisam de ajuda em uma determinada situação, estou sempre disposto a ajudar. A relação é muito boa e fico feliz de estar sendo um suporte para eles e auxiliá-los no dia a dia e fora do campo.
Quais cuidados você toma pra jogar em alto nível aos 39 anos?
Não faço nada muito diferente. Como me cuidei durante toda a carreira, felizmente nunca tive lesão grave, nenhuma operação, e isso prolongou minha carreira. Mas procuro sempre estar atento ao que pode me ajudar na recuperação, usar aquelas botas compressoras, fazer gelo, dormir bastante, me alimentar bem. Enfim, faço tudo o que é necessário para me recuperar bem entre um jogo e outro e para estar 100%.
Há uma conversa com a comissão técnica para te preservar em algumas partidas em razão da maratona desgastante?
A gente conversa a cada partida com os fisiologistas para saber como está a recuperação. Não só eu, mas outros jogadores também foram poupados em outros jogos, como o Nino, Evanilson, Egídio. A gente sabe que depois do quarto ou quinto jogo é sempre bom dar um descanso para poder manter a mesma intensidade. Tudo é sempre conversado antes, principalmente com os fisiologistas, que veem todos os dados. O GPS, o nível de cansaço do corpo, e aí fazem as análises. Claro que nas decisões não dá para você ser preservado, mas sempre que pode e for necessário a gente conversa para ter um descanso. Eu descansei contra o Athletico-PR (na quinta rodada), depois dei um gás de novo. Estou muito bem hoje.
Você está a dez gols de igualar a sua temporada mais artilheira (em 2011/2012, pelo PSG) e ainda restam muitos jogos pela frente. Pensa em superar essa marca?
Não tinha pensado nisso ainda, mas seria muito bacana ultrapassar essa estatística. Imagina você estar com quase 40 anos jogando em um clube grande e poder quebrar marcas pessoais de quase dez anos atrás? É mais uma motivação pra eu continuar perseguindo mais gols. Espero que eu seja um exemplo para os jogadores mais novos de que se você fizer tudo direitinho, se cuidar, pode prolongar a sua carreira por vários anos. Eu faço o que eu amo e eu tenho que aproveitar ao máximo. Ser esse exemplo me deixa muito orgulhoso.
Quais são seus principais objetivos individual e coletivamente?
Conquistar um título importante pelo Fluminense. Uma Copa do Brasil, por exemplo, seria incrível, um sonho realizado. Voltar a botar o Fluminense em um cenário internacional, disputando a Libertadores, o que não acontece há alguns anos, também é um objetivo importante.
Planeja continuar no futebol depois que se aposentar?
Acredito que eu possa jogar pelo menos mais uns dois anos, três, quem sabe. Quero continuar no futebol, sim. Venho amadurecendo essa ideia e até mudei um pouco a minha cabeça. Hoje eu penso em ser treinador. Também penso em ser dirigente e na possibilidade de trabalhar como comentarista em um canal de televisão. As primeiras opções são as carreiras de treinador e dirigente.
Em entrevista ao Estadão, Nenê disse estar orgulhoso de ser referência para os mais jovens, contou os fatores que o levaram a ter destaque perto dos 40 anos e revelou que pensa em continuar jogando por mais dois ou três anos. Depois, sua ideia é ser técnico, dirigente ou até comentarista.
A que você atribui essa fase tão goleadora?
É uma junção de fatores. O fato de realmente me doar a cada dia no meu trabalho, fazer de tudo para honrar essa camisa, a confiança que todos me dão no clube e a experiência, que ajuda muito em determinados momentos. A minha primeira função sempre foi dar assistências, mas estou tendo a oportunidade de fazer gols e isso está sendo um "plus". Está acontecendo naturalmente
Esperava alcançar números tão expressivos neste ano?
Meus números agora são muito expressivos para um meia. Por eu ser meia e ter 39 anos, realmente não esperava marcar tantas vezes. Espero que essa fase dure por muito tempo.
Na maior parte da carreira você atuou como armador. No Fluminense tem bastante liberdade. Onde se sente mais confortável?
A minha posição principal é atrás do atacante, mas não tenho problema em jogar pela ponta também. De falso nove foi só em um jogo (contra o Flamengo). Depois já voltei a jogar atrás do camisa 9, que é onde eu tenho mais liberdade. Ali, além de poder servir meus companheiros, eu estou mais perto do gol e isso acaba me ajudando.
Como é a relação com os jovens no Fluminense? Quais os conselhos que você dá pra eles?
Sempre que posso eu os ajudo, estamos sempre conversando, nos treinamentos, jogos. Sempre que me pedem um conselho, que precisam de ajuda em uma determinada situação, estou sempre disposto a ajudar. A relação é muito boa e fico feliz de estar sendo um suporte para eles e auxiliá-los no dia a dia e fora do campo.
Quais cuidados você toma pra jogar em alto nível aos 39 anos?
Não faço nada muito diferente. Como me cuidei durante toda a carreira, felizmente nunca tive lesão grave, nenhuma operação, e isso prolongou minha carreira. Mas procuro sempre estar atento ao que pode me ajudar na recuperação, usar aquelas botas compressoras, fazer gelo, dormir bastante, me alimentar bem. Enfim, faço tudo o que é necessário para me recuperar bem entre um jogo e outro e para estar 100%.
Há uma conversa com a comissão técnica para te preservar em algumas partidas em razão da maratona desgastante?
A gente conversa a cada partida com os fisiologistas para saber como está a recuperação. Não só eu, mas outros jogadores também foram poupados em outros jogos, como o Nino, Evanilson, Egídio. A gente sabe que depois do quarto ou quinto jogo é sempre bom dar um descanso para poder manter a mesma intensidade. Tudo é sempre conversado antes, principalmente com os fisiologistas, que veem todos os dados. O GPS, o nível de cansaço do corpo, e aí fazem as análises. Claro que nas decisões não dá para você ser preservado, mas sempre que pode e for necessário a gente conversa para ter um descanso. Eu descansei contra o Athletico-PR (na quinta rodada), depois dei um gás de novo. Estou muito bem hoje.
Você está a dez gols de igualar a sua temporada mais artilheira (em 2011/2012, pelo PSG) e ainda restam muitos jogos pela frente. Pensa em superar essa marca?
Não tinha pensado nisso ainda, mas seria muito bacana ultrapassar essa estatística. Imagina você estar com quase 40 anos jogando em um clube grande e poder quebrar marcas pessoais de quase dez anos atrás? É mais uma motivação pra eu continuar perseguindo mais gols. Espero que eu seja um exemplo para os jogadores mais novos de que se você fizer tudo direitinho, se cuidar, pode prolongar a sua carreira por vários anos. Eu faço o que eu amo e eu tenho que aproveitar ao máximo. Ser esse exemplo me deixa muito orgulhoso.
Quais são seus principais objetivos individual e coletivamente?
Conquistar um título importante pelo Fluminense. Uma Copa do Brasil, por exemplo, seria incrível, um sonho realizado. Voltar a botar o Fluminense em um cenário internacional, disputando a Libertadores, o que não acontece há alguns anos, também é um objetivo importante.
Planeja continuar no futebol depois que se aposentar?
Acredito que eu possa jogar pelo menos mais uns dois anos, três, quem sabe. Quero continuar no futebol, sim. Venho amadurecendo essa ideia e até mudei um pouco a minha cabeça. Hoje eu penso em ser treinador. Também penso em ser dirigente e na possibilidade de trabalhar como comentarista em um canal de televisão. As primeiras opções são as carreiras de treinador e dirigente.
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