Odair comemora a boa fase do Tricolor no Campeonato BrasileiroLucas Merçon / Fluminense / Divulgação
Por HUGO PERRUSO
Publicado 26/09/2020 00:00

A eliminação precoce na Copa do Brasil aumenta a pressão no Fluminense. Não apenas do técnico Odair Hellmann, como também da diretoria e de alguns jogadores que vem falhando constantemente, casos de Egídio e Muriel. A tentativa de protesto de cerca de 100 pessoas no desembarque da delegação, na madrugada desta sexta-feira, foi apenas um capítulo e torcedores se organizam para ir ao CT fazer cobranças. Os próximos dias, com um jogo em casa contra o Coritiba, podem ser decisivos.

Os principais alvos são Odair, o presidente, Mário Bittencourt, e o diretor de futebol, Paulo Angione. Por enquanto, a pressão sobre o treinador é mais de fora, já que a diretoria mantém a confiança no trabalho, apesar de nova eliminação e das atuações ruins. Tanto que vem contratando nomes sugeridos ou aprovados por ele: Danilo Barcelos, Lucca, que está encaminhado, e Léo Jabá, dependendo de negociação com o Paok, da Grécia.

"A gente conversa internamente sobre a possibilidade (de contratações). Sempre dentro da realidade do clube, que atravessa dificuldades financeiras. Não há uma facilidade", disse Odair.

Ainda assim, um tropeço diante do Coritiba pode mudar essa relação, principalmente em função da pressão externa, podendo tornar o clima ainda mais pesado. Afinal, setores de dentro do clube mostram incômodo e a levantam substitutos, assim como a torcida, principal termômetro da insatisfação.

Não é a primeira vez que Odair sofre pressão. Na outra ocasião, conseguiu três vitórias seguidas, o que reduziu as críticas. A diferença agora é que as atuações ruins desde a perda de jogadores importantes, casos de Gilberto e Evanilson, são um problema. O treinador não encontrou soluções, mas não pode levar a culpa sozinho. Afinal, os substitutos não deram conta e o elenco é desequilibrado e sem tantas opções, uma responsabilidade da diretoria.

Como só terá contratações em meados de outubro, Odair precisará achar soluções com o que tem. Mesmo com jogadores mal e cometendo erros, o treinador prefere assumir a responsabilidade pela má fase, o que o faz ter força com o grupo. Um trunfo no momento. Resta saber até quando conseguirá aguentar se nada mudar.

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