Por fabio.klotz
Rio - A seleção brasileira aposta em um velho conhecido para a Olimpíada de 2016. Antônio Carlos Barbosa foi anunciado, nesta segunda-feira, como novo técnico do time feminino. Ele substitui Luiz Augusto Zanon, que deixou o cargo alegando motivos de saúde.
Publicidade
Esta será a terceira passagem de Barbosa à frente da Seleção. Em 2000, ele comandou o time que foi medalhista de bronze na Olimpíada de Sydney, na Austrália.
"Essa é a minha terceira passagem pela seleção brasileira. A primeira foi um momento de uma total renovação do basquete feminino. Foi uma geração que contou com a presença de Paula (Magic Paula), Hortência (Marcari), Martha Sobral, Vânia Teixeira e Vânia Hernandes. Retornei em 1996 para o Mundial Juvenil e assumi em 1997 a equipe principal. Novamente tínhamos uma situação difícil, pois era uma equipe que havia sido campeã mundial (Austrália / 1994) e vice olímpica (Atlanta / 1996), em um momento que perdíamos os principais nomes do basquete brasileiro: Hortência e Paula. Seguimos com Janeth que deu uma boa base para esse grupo e conseguimos grandes resultados com a renovação. Fomos à Austrália com seis jogadoras estreantes na Olimpíada de Sydney (2000) e conquistamos a medalha de bronze. Fora o Mundial da China (2002), que foi uma fatalidade quando perdemos dois jogos por um ponto, terminamos em todos os campeonatos entre os quatro primeiros. Sempre trazendo jogadoras jovens para completar o grupo", declarou Barbosa ao site oficial da CBB.
Publicidade
O técnico mostra confiança em brigar por medalha na Olimpíada de 2016: "É um momento em que a seleção brasileira passa por uma renovação. Dentro de uma Olimpíada você tem de levar o que tem de melhor. Jogadoras jovens foram bem trabalhadas em Campeonatos Sul-Americanos e no Campeonato Mundial. E agora teremos um tempo de avaliação para vermos quem defenderá o Brasil nos Jogos Olímpicos do Rio. Vejo o Brasil com muitas chances de disputar uma medalha. Tenho o espírito vencedor e não entro em uma competição pensando que não vou conseguir uma medalha. Eu acredito que essas jogadoras têm condições de disputar uma medalha. Eu acho que o Brasil tem uma mescla de jogadoras experientes, outras nem tanto e outras bem jovens. Esse mix pode dar uma boa classificação para o nosso país", acrescentou.
Barbosa chega em um momento complicado, de crise entre Confederação Brasileira de Basquete (CBB) e clubes que disputam a Liga de Basquete Feminino (LBF). As agremiações pedem uma participação maior nas decisões da Seleção e ameaçam não liberar as atletas.
Publicidade
O técnico inicia a terceira passagem à frente da Seleção no evento-teste para a Olimpíada, em janeiro. O último trabalho do Barbosa em clubes foi na temporada de 2013/2014, com o Maranhão Basquete. Desde então, dedicava-se a ministrar clínicas.