Por pedro.logato

Rio - A cada dia olímpico que passa Isaquias Queiroz crava mais um pouco seu nome na história do esporte brasileiro. Se na terça-feira ele se tornou o primeiro canoísta brasileiro a ganhar uma medalha, ontem entrou para um grupo seleto ao conquistar o bronze no C1 200 metros. Com a segunda medalha, Isaquias entrou no grupo de cinco atletas do Brasil que subiram mais de uma vez ao pódio em apenas uma edição dos Jogos Olímpicos.

“É um feito histórico, é uma satisfação muito grande estar entrando nessa lista de melhores atletas olímpicos. Eu estou muito feliz com esse resultado”, disse o canoísta que agora faz parte do grupo com Guilherme Paraense (ouro e bronze no tiro em 1920), Afrânio Costa (prata e bronze no tiro em 1920), Gustavo Borges (prata e bronze na natação em 1996) e Cesar Cielo (ouro e bronze na natação).

Isaquias Queiroz coleciona medalhas no Rio%3A é a segunda do canoístaMárcio Mercante / Agência O Dia

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Sua maneira simples de dizer o que pensa conquistou o Brasil. Isaquias já falou de esporte, política, e nem quando o assunto foi ser um ídolo ficou ressabiado: “Já deu para sentir um pouco desse negócio de ser ídolo dos brasileiros. Fui para a academia ontem (quarta) e me pararam na rua para fotos. Se o treinador não me tira, não conseguiria sair. Tento fazer o meu melhor. Fui agradecer a todos do início ao fim da arquibancada. O atleta precisa da torcida do seu lado, e não contra. Espero conquistar a terceira medalha e ser reconhecido pelo meu trabalho. É o que todos esperam. Não poderia estar mais feliz.”

Isaquias Queiroz se igualou a lendas olímpicas do BrasilMárcio Mercante / Agência O Dia

PROVA COMPLICADA

Toda a felicidade de Isaquias chegou a ser tristeza. Ao terminar a prova, ele socou a água, mostrando aborrecimento com a atuação. A demora do placar eletrônico em apontar o terceiro colocado fez com que aqueles segundos dentro da Lagoa Rodrigo de Freitas se tornassem horas até a confirmação do bronze. O ouro foi do ucraniano Iurii Cheban, e a prata ficou com Valentin Demyanenko, do Azerbaijão.

“Perdi muito tempo na saída. No final, tentei me recuperar e vi que tinha muita gente na minha frente”, contou Isaquias, explicando o motivo da preocupação.

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