Rio - A belíssima Marina da Glória, aos pés do Pão de Açúcar, foi o cenário perfeito para a consagração das velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze. Ao vencerem a regata da medalha, as brasileiras garantiram o ouro, na única vez em que o esporte subiu ao pódio na Rio-2016. A prata ficou com Alex Maloney e Molly Meech, da Nova Zelândia, e o bronze com Jena Hansen e Katsja Steen Salskov-Iversen, da Dinamarca.
O equilíbrio marcou a regata da medalha. Empatadas com as espanholas Tamara Echegoyen e Berta Betanzos, e as dinamarquesas Jena Hansen e Katsja Steen Salskov-Iversen, com 46 pontos perdidos, e seguidas de perto pelas neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech com 47, as brasileiras só tinham uma estratégia na prova. Precisavam chegar na frente das adversárias se quisessem ganhar uma medalha, já que a pontuação da prova era dobrada.
Com o apoio da torcida, as brasileiras deslizaram pela Baía da Guanabara e apesar da perseguição das adversárias chegaram em primeiro lugar e honraram o DNA da família. Enquanto Martine Grael é filha de uma das lendas da vela, o bicampeão olímpico e dono de cinco medalhas em Olimpíadas Torben Grael, a parceira Kahena é filha de Cláudio Kunze, campeão mundial júnior da classe Pinguim. Apesar do sobrenome, hoje as meninas provaram mais uma vez que têm luz própria para velejar no topo do esporte.