Rio - Yane Marques não dividiu o pódio com as medalhistas do pentatlo moderno. O início ruim na prova de esgrima foi determinante para o 23º lugar na classificação geral. Distante do terceiro lugar que garantiu ao Brasil o histórico bronze na Olimpíada de Londres-2012, a pernambucana de 32 anos encerrou sua participação no Rio com o futuro em aberto para o ciclo dos Jogos de Tóquio-2020.
“Em 2017 farei a temporada toda. Não dá para dormir atleta e acordar sedentária. Será um ano teste. Vou sentir... Se ver que não vivo sem isso, vou continuar e tentarei estar em Tóquio”, disse Yane.
O sonho de popularizar o pentatlo moderno está longe da realidade. Com bom humor, a atleta lembra que torcedores acham que o ciclismo está no programa do pentatlo moderno (esgrima, natação, hipismo, corrida e tiro).
SUSTO NO HIPISMO
No entanto, a emoção de encontrar o Complexo Olímpico de Deodoro repleto de torcedores nunca será esquecido, apesar da preocupação com o futuro da modalidade.
“Não saio com a medalha materializada no metal, mas tenho um troféu, que é uma vida dedicada ao esporte. Tudo valeu a pena. Estou realizada. Se cinco, seis crianças saírem daqui e começarem a praticar pentatlo terá valido ainda mais a pena”, disse Yane.
A australiana Chloe Esposito foi a campeã. A francesa Elodie Clouvel (prata) e a polonesa Oktawia Nowacka (bronze) completaram o pódio. A forte queda da cubana Leidy Laura Moya no hipismo preocupou. Ela foi atendida e se recuperou a tempo de participar da última etapa. Ficou em 34º.