Por gabriela.mattos

Rio - Em cerimônia que marcou o início do revezamento no Brasil, a tocha paralímpica foi acesa nesta quinta-feira em Brasília de forma inusitada: por meio da participação de internautas de todo o mundo que, nas redes sociais, utilizaram a hashtag #ChamaParalimpica. No Twitter, o assunto chegou a entrar na lista de trending topics.

Com desenho e características próprias, a tocha será acesa em cinco cidades até chegar ao Rio no dia 6, sendo que cada uma delas vai representar um valor paralímpico: Brasília – igualdade; Belém – determinação; Natal – inspiração; São Paulo – transformação; Joinville – coragem e Rio de Janeiro – paixão. Hoje é a vez de Belém do Pará. Serão 62 condutores a percorrer 8 km e um total de 27,5 km percorridos pelo comboio.

Em Brasília%2C o símbolo dos Jogos passou por diversas instituições que atendem pessoas com deficiênciaRio 2016/André Luiz Mello

Em Brasília, a solenidade foi realizada no Parque da Cidade, tendo como primeiro condutor da tocha Cláudio Irineu da Silva, ex-atleta de futebol e vôlei sentado. Ao todo, 103 pessoas farão o revezamento nos seguintes pontos da capital, depois de passar também por entidades como Hospital Sarah Kubitschek, Instituto Educacional e Profissionalizante para Pessoas com Deficiência, Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais.

A dona de casa Nilza Lopes, 42 anos, acompanhou a cerimônia com o filho Brayan, 5 anos. O menino nasceu com hidrocefalia e se desloca por meio de uma cadeira de rodas. “Ele não sente as pernas, mas gosta muito de esporte. Chegou até a conhecer o Neymar [da Seleção Brasileira e do Barcelona] durante a Olimpíada, em um dos jogos aqui em Brasília. Quero agora que ele assista as Paralímpíadas na TV pra ver como tudo funciona”, afirmou.
Brayan se mostrou animado com a competição: “Gostei muito do que vi hoje. Achei tudo muito bonito. Quando crescer, quero jogar futebol”, confessou.

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