Publicado 01/08/2021 13:06
Tóquio - Responsável por eliminar o sérvio Novak Djokovic nas semifinais, o alemão Alexander Zverev manteve o alto nível na final deste domingo e não deu chances ao russo Karen Khachanov para conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Com uma atuação muito firme no primeiro set e praticamente irretocável no segundo, venceu por 2 a 0 - com parciais de 6/3 e 6/1, após 1 hora e 21 minutos.
Primeiro homem da Alemanha a vencer uma medalha de ouro olímpica em simples, Zverev repetiu Steffi Graf em 1988, única de seu país até então a conseguir esse feito. Boris Becker e Michael Stich também levaram o ouro, mas nas duplas nos Jogos de Barcelona, na Espanha, em 1992.
Dono de 15 títulos no circuito profissional da ATP, sendo 10 deles em piso duro, o alemão de 24 anos sagra-se campeão pela terceira vez na temporada. Ele também conquistou os títulos do ATP 500 de Acapulco, no México, e do Masters 1000 de Madri, na Espanha.
Zverev era só alegria após conseguir a maior conquista de sua carreira, que para ele não poderá ser superada por qualquer outro título, nem mesmo os de Grand Slam. "Não posso comparar isso aqui com nada no esporte e nem no tênis, vencer uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos é incrível, pois não jogamos apenas por nós mesmos, mas por um país inteiro. É uma sensação incrível", afirmou o atual número 5 do mundo.
O alemão falou que o momento é de festa e reforçou considerar a Olimpíada a maior conquista possível. "Não quero falar sobre o próximo Grand Slam, acho que não há nada maior do que isso e quero aproveitar o momento. Não há nada melhor do que isso. Como já disse, jogamos pelo país e sei que muita gente lá da Alemanha está me apoiando assim como também todos os outros atletas", disse.
Questionado sobre o esvaziamento da competição, foi enfático: "Os melhores vieram, acho que o único que não veio foi Rafa (Nadal). Foi um dos torneios mais fortes do ano. Sei que alguns não vieram, mas repito que os melhores estavam aqui", disse Zverev, um dos quatro Top 5 que competiu em Tóquio.
DUPLAS FEMININAS
Se na final de simples a suíça Belinda Bencic levou a melhor e faturou o ouro contra a checa Marketa Vondrousova, nas duplas veio o troco com a conquista de Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, que bateram Bencic e Viktorija Golubic em sets diretos, com parciais de 7/5 e 6/1. Esta foi o primeiro ouro da República Tcheca no tênis, que antes tinha a vitória de Miloslav Mecir na época da antiga Tchecoslováquia.
"Acho que o primeiro set foi nervoso e não conseguimos jogar bem, cometemos erros bobos, mas sabia que se confirmássemos nosso saque era só esperar uma oportunidade", analisou Krejcikova, que brilhou neste ano vencendo Roland Garros em simples e também nas duplas com Siniakova.
"Ficamos mais leves e conseguimos jogar nosso tênis. Fico feliz que conseguimos esta vitória. É muito especial e espero estar de volta nas Olimpíadas daqui três anos para defender meu país novamente", observou Krejcikova. "É uma conquista especial, adorei todo o tempo que tivemos aqui. É um orgulho representar nosso país assim", acrescentou Siniakova.
DUPLAS MISTAS
Em uma final com quatro representantes do Comitê Olímpico Russo, Anastasia Pavlyuchenkova e Andrey Rublev conquistaram a medalha de ouro nas duplas mistas após a vitória sobre Elena Vesnina e Aslan Karatsev por 2 sets a 1 - com parciais de 6/3, 6/7 (5/7) e 13 a 11 no match tie-break.
O Comitê Olímpico Russo foi a equipe com maior número de medalhas no torneio olímpico de tênis. Além da dobradinha nas duplas mistas, há ainda uma medalha de prata na chave de simples masculina com Khachanov. O bronze nas duplas mistas ficou com a parceria australiana, formada pela número 1 do mundo Ashleigh Barty e o especialista em duplas John Peers.
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