Vasco empatou com o Ceará em São Januário - Marcelo Gonçalves/Parceiro/Agência O Dia
Vasco empatou com o Ceará em São JanuárioMarcelo Gonçalves/Parceiro/Agência O Dia
Por ALYSSON CARDINALI

Rio - A imensa torcida 'bem feliz' do Vasco, que hoje vê o clube completar 120 anos, segue sem ter o que comemorar no Campeonato Brasileiro. Os 15.539 presentes a São Januário, ontem, viram um time confuso e que chegou a quatro jogos sem vencer na competição. O empate em 1 a 1 com o Ceará manteve vivo o fantasma do rebaixamento — a equipe está em 15º lugar, um ponto à frente do Z-4 — e mostrou que o interino Valdir Bigode, que mexeu na escalação e mudou o esquema tático, terá dificuldades para convencer a diretoria de que tem condições de ser efetivado como técnico.

Com o atacante Maxi López pela primeira vez entre os titulares e só um volante (Desábato) no meio de campo, o Vasco ignorou a invencibilidade de três jogos do Ceará e foi para cima. Mas, apesar da pressão inicial sobre um adversário recuado, faltou ser mais incisivo na busca pelo gol. As melhores chances vieram em cobranças de falta de Wagner, aos 5, e Giovanni Augusto, aos 26 minutos, para boas defesas de Éverson.

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Já o Ceará, quando foi à frente, expôs os pontos fracos e o desentrosamento da defesa vascaína, uma das mais vazadas do Brasileiro, com 27 gols. Sem a segurança de Breno — com dores no joelho, ele foi poupado — Valdir Bigode optou por escalar Bruno Silva como zagueiro, ao lado de Leandro Castan. E quase pagou caro por isso. Ricardinho, aos 26, Luiz Otávio, aos 31, e Richardson, aos 35, assustaram Martín Silva, que ainda viu a cobrança de falta do goleiro Éverson, aos 45, passar rente à trave.

"Não é mole não, ganhar no Caldeirão é obrigação", gritaram torcedores do Vasco, que, irritados com a atuação do time, com um meio de campo pouco inspirado e Maxi López isolado, ensaiaram algumas vaias no fim do primeiro tempo. A bronca surtiu efeito. Apesar de nervoso e abusando do direito de errar passes, o Vasco voltou a pressionar na segunda etapa e, aos 14 minutos, Wagner se aproveitou de falha do zagueiro Luiz Otávio para fazer 1 a 0.

O gol acendeu o Vasco e incendiou a Colina. Aos 18, Giovanni Augusto, livre, cabeceou em cima do goleiro Éverson, que fez um milagre. O erro, porém, custou caro. Aos 20, foi a vez de a defesa do Vasco cochilar e ver Tiago Alves, de cabeça, empatar, após cobrança de escanteio de Ricardinho. O revés abalou os comandados de Valdir Bigode. Melhor para o Ceará, que passou a cadenciar o jogo e a tocar a bola, satisfeito com o 1 a 1.

Já o Vasco, que ainda perdeu Leandro Castan, lesionado, teve dificuldades para criar boas jogadas. Nem a expulsão de Samuel Xavier serviu de alento para os donos da casa, que viram Pikachu desperdiçar boa chance, aos 47, amargaram mais um tropeço e seguem perigosamente perto do rebaixamento. Para tristeza da torcida.

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 X 1 CEARÁ

Local: São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias (SP)

Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Luiz Alberto Andrini Nogueira (SP)

Cartões amarelos: Maxi López (VAS)

Cartões vermelhos: Samuel Xavier (CEA)

Gols: Wagner, aos 14 minutos do segundo tempo (VAS); Tiago Alves, aos 20 minutos do segundo tempo (CEA)

Vasco: Martín Silva, Luiz Gustavo, Leandro Castan (Lenon), Bruno Silva e Ramon (Henrique); Desábato, Wagner (Vinícius Araújo), Yago Pikachu, Thiago Galhardo e Giovanni Augusto; Maxi López / Técnico: Valdir Bigode (interino)

Ceará: Everson; Samuel Xavier, Luiz Otávio, Tiago Alves e João Lucas; Edinho e Richardson e Ricardinho; Leandro Carvalho (Felipe Azevedo), Arthur (Fabinho) e Calyson (Reyna) / Técnico: Lisca

Por Alysson Cardinali 

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