Por determinação da Justiça, Vasco ainda é presidido interinamente por Alexandre Campello - Paulo Fernandes/Vasco.com.br
Por determinação da Justiça, Vasco ainda é presidido interinamente por Alexandre CampelloPaulo Fernandes/Vasco.com.br
Por O Dia

Rio - A invencibilidade de quatro jogos no Campeonato Brasileiro não mascara a delicada realidade do Vasco, dentro e fora de campo. Nesta terça-feira, a diretoria entrou com recurso, em segunda instância, para tentar inverter a anulação da eleição de 2017. Fora de campo, o momento também é tenso e preocupante, com o risco de rebaixamento na casa dos 40%.

A recepção após o empate em 1 a 1 com o lanterna Paraná, em Curitiba, nesta terça-feira, não foi nada calorosa. Embora o clube não tenha revelado informações sobre o desembarque no Galeão, cinco torcedores aguardavam a chegada da delegação. Os jogadores e o presidente Alexandre Campello foram muito hostilizados.

O clima ficou mais tenso no momento em que os seguranças do clube se posicionaram para cerca os atletas e dirigente. Houve troca de empurrões e bate boca entre o grupo de torcedores e seguranças. O empate com o virtualmente rebaixado Paraná aumentou a pressão sobre o técnico Alberto Valentim. Com apenas uma vitória em oito jogos à frente do Vasco, ele tem aproveitamento de 25%.

O empate com o Paraná deixou o Cruzmaltino fora do Z-4, com 30 pontos, em 16º lugar, mas não minimizou a cobrança sobre o treinador e sobre os jogadores, que acrescentaram a instabilidade política como mais um 'adversário' a ser batido na luta contra o rebaixamento, discurso já rechaçado nas redes sociais pelo ex-jogador Felipe, o mais vitorioso da história do Vasco.

A anulação da última eleição gera dúvidas no comando do clube, que, por determinação da Justiça, ainda é presidido interinamente por Alexandre Campello. Por conta de fraudes comprovadas pelo inquérito da Polícia Civil, um novo pleito foi marcado para dezembro. A indefinição coloca em risco o empréstimo de R$ 31 milhões para pagar os atrasados de jogadores e funcionários e honrar a folha de pagamento até dezembro.

"Pela minha experiência, é impossível que não afete. O time está bem, treinador fazendo coisas boas. Mas essa confusão (política) não está ajudando. Se quiser ficar na Série A, tem que ir para cima dos problemas. Vou ajudar. O time está com moral para ficar. Mas não ajuda, não é bom", disse Maxi López, ao 'Bem Amigos'.

Com mais 11 rodadas pela frente, o Vasco tenta reduzir o risco de queda, que é de 40%. Valentim crê na reação da equipe e pede o apoio. "O torcedor não está satisfeito, e nós também. Quando falo em unir forças, falo em comissão técnica, jogadores, diretoria, que têm feito esforço para dar condição de trabalho", disse Valentim.

Você pode gostar