Luxemburgo - Daniel Castelo Branco
LuxemburgoDaniel Castelo Branco
Por Lance
Após o empate em 1 a 1 com a Chapecoense, neste domingo, no Maracanã, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo despistou sobre uma possível renovação de contrato com o clube. O treinador, que chegou em maio e recuperou a equipe, que indicava seguir por um caminho que o levaria pela quarta vez à Série B, tem vínculo até o fim deste mês de dezembro. As duas partes desejam a renovação, mas Luxa ainda espera uma negociação mais aprofundada.
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"Eu quero continuar, o presidente (do Vasco, Alexandre Campello) quer que eu continue. Mas tem uma série de coisas. Eu tenho que fazer o meu trabalho: planejar o ano seguinte e entregar para a diretoria. Minha negociação segue naturalmente", disse o comandante, que falou sobre o que espera da diretoria para a próxima temporada:

"O Vasco está passando por momento de dificuldade, e o presidente está correndo atrás para cumprir compromisso que firmou comigo e que eu firmei com os jogadores. Os jogadores têm a minha palavra e a do presidente de que vão receber. O momento é de estar juntos. Tem uma pancada de penhora que chega no Vasco todo dia. O presidente deu as datas, passou um, dois dias. Os jogadores entenderam. Que o torcedor veja claramente que houve um avanço desta temporada para a próxima. O comprometimento de que ano que vem teremos os atletas recebendo em dia não impede que chegue uma penhora. Mas tem que ter comprometimento de que vai ser diferente."

Sobre esses sete meses de trabalho no Vasco, Luxa relembrou que teve de adaptar o seu estilo para o atual momento do futebol.

"O mundo hoje é diferente. A relação de vestiário é diferente. Eu me ajustei a este novo momento. Agradecer aos jogadores por me darem oportunidade de viver um momento diferente e aprender com eles essa relação nova. Mas sem perder minha raiz", disse o treinador.

Sobre o planejamento para 2020, caso permaneça em São Januário, o treinador indicou que haverá dispensa de jogadores nesta virada de temporada.

"Todo ano tem. Antigamente falavam de barca. Com certeza vai ter. Não existe uma mentira nisso. Dentro da temporada, eu falei para os jogadores que eles vão mostrar quem pode continuar. Quem determina são os jogadores", disse Luxa, destacando que qualquer mudança será comunicada antes ao elenco.

Luxemburgo afirmou, também, que deseja a contratação de jogadores com qualidade técnica:

"Não podemos errar. Tivemos o timing do Guarín agora. Chegou gordo, fora de forma, mas com uma pré-temporada vai evoluir. Para a equipe que queremos, queremos mais Guarín. Sem perder a responsabilidade que o presidente tem. Ter uma grande equipe requer sacrifícios. Investimento de risco, dentro de uma responsabilidade. Se tiver estrutura e investir com risco numa coisa que pode ser boa, tem que ser um cara do ramo."

Sobre o apoio recebido das arquibancadas, incluindo a adesão de mais de 170 mil ao plano de sócios recentemente, o treinador afirmou:

"Acho que a torcida abraçou o time, e o time correspondeu. Os jogadores tecnicamente podiam não ser a melhor equipe do Brasil, mas lutaram. O Vasco tem que prestar atenção. O que faz ter 170 mil sócios chama-se time de futebol. O Vasco tem que aproveitar esse timing. A torcida cobrou jogadores e vai cobrar ano que vem coisa melhor. Ano que vem o torcedor vai cobrar coisa maior."

Luxemburgo ainda sugeriu mudanças no futebol brasileiro para a evolução do desempenho da arbitragem, principalmente no uso do VAR:

"O árbitro perdeu a autoridade em campo com o VAR. É o VAR quem decide lances importantes. Ex-jogadores poderiam ser aproveitados pela comissão de arbitragem da CBF. Isso aconteceu no jornalismo e deu certo. A experiência desses ex-jogadores pode ajudar."
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