Cano findou um jejum de 274 minutos do Vasco ao balançar a rede contra o Boavista já aos 49 minutos do segundo tempo. Apesar disso, o jogador ficou apagado na maior parte do confronto. Além da falta de entrosamento com o restante do elenco, pesa também a dificuldade do próprio Vasco na armação de jogadas para melhorar a produção ofensiva. O argentino deu duas finalizações, uma correta.
No posicionamento, o que se espera é um Cano com mais mobilidade, mas isso ainda não foi visto. O mapa de calor do jogador indica o centroavante mais centralizado, até por conta da alta movimentação promovida por Talles Magno na esquerda e Marrony na direita. Contra o Boavista, por exemplo, o camisa 14 atuou por 90 minutos, mas deu apenas três passes, todos certos. No duelo com o Bangu, foram nove toques corretos na bola e três errados.
O jogador entende que precisa de tempo para se adaptar de vez ao futebol brasileiro. Entretanto, mesmo em início de temporada, a torcida do Vasco já pressiona o elenco, especialmente o técnico Abel Braga, pelas atuações ruins nesse começo de Campeonato Carioca. Discreto, mas já decisivo, Germán Cano sonha com dias melhores para a equipe.
"Ainda estou me adaptando, é um processo, preciso de um pouco de tempo para me acostumar ao futebol, aos companheiros, saber como pensam cada um deles e o técnico. É muito importante conseguir me adaptar rapidamente. Por sorte pude fazer o gol, que me ajuda muito, especialmente na confiança. Espero poder continuar marcando e ajudando. Por isso vim, para fazer os gols para que o Vasco possa brigar pelas coisas importantes e títulos - afirmou Cano, em entrevista coletiva no CT do Almirante nesta segunda-feira".
O atacante é, por enquanto, a única contratação do Vasco para 2020. Aos 32 anos, ele chegou ao Brasil após ótima temporada pelo Independiente de Medellín, quando marcou 41 gols no ano passado.