Publicado 18/10/2020 20:10
Porto Alegre - Da arquibancada do Beira-Rio, Ricardo Sá Pinto teve uma pequena amostra do futebol que justifica o jejum de vitórias do Vasco, agora de oito jogos. Na derrota por 2 a 0 para o Internacional, neste domingo, o novo comandante presenciou uma equipe com uma marcação frágil à frente da defesa, engessada no meio de campo e pouco incisiva no ataque. Com os gols de Edenílson e Thiago Galhardo, o Colorado reassumiu a ponta no Brasileiro, com 34 pontos. Com 18, o Cruzmaltino caiu para o 13º lugar.
Com a liderança em jogo, o Inter, desde os primeiros minutos, mostrou que encarava o duelo em casa como uma decisão. Com o meio de campo povoado, com Andrey, Marcos Júnior, Carlinhos e Benítez, o auxiliar Alexandre Grasseli, que comandou a equipe em Porto Alegre, tentou conter a esperada pressão. Com dificuldade na saída de bola, a estratégia começou a desmoronar com o gol de Edenílson, aos 24, de primeira, com pouca chance de defesa para Fernando Miguel.
A cochilada na defesa, em especial pelo lado direito, que teve a volta de Pikachu à lateral, não foi a única do jogo. Henrique foi outro que teve dificuldade do outro lado. Andrey e Marcos Júnior não encaixaram a marcação e, com isso, Patrick e Marcos Guilherme apoiavam com tudo. Aos 34, Thiago Galhardo, de pênalti, converteu a cobrança após a penalidade cometida por Castan.
Da arquibancada, Sá Pinto não estava nada satisfeito. Sentimento que foi compartilhado por todo o time. Na entrevista ao fim do primeiro tempo, Andrey admitiu o mau momento, mas cobrou atitude. O alerta surtiu efeito no agitado vestiário. Mais disposto, o Cruzmaltino diminuiu os espaços no segundo tempo e esboçou uma reação, na base da vontade.
Para se livrar do jejum de sete jogos sem marcar, Cano contou com a maior aproximação de Benítez no segundo tempo e, mesmo bem marcado, finalizou três vezes, mas sem perigo. A lentidão na transição tornou o Vasco previsível e os chutes de fora da área, sem perigo, foram a única resposta dada ao torcedor. Muito pouco. Mas pouco não será o trabalho de Sá Pinto para devolver o poder de competitividade do Vasco.
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