Marcelo Cabo admitiu dificuldades encontradas pelo Vasco, mas ressaltou que seu trabalho tem apenas 15 dias
Marcelo Cabo admitiu dificuldades encontradas pelo Vasco, mas ressaltou que seu trabalho tem apenas 15 diasRAFAEL RIBEIRO
Por O Dia
Poços de Caldas - Não foi uma exibição de gala. E Marcelo Cabo tem consciência dos prós e contras apresentados pelo Vasco no empate com a Caldense por 1 a 1, nesta quinta-feira, em Poços de Caldas. Com o amplo processo de reformulação em curso, o treinador valorizou a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, que garantiu aos cofres do clube a premiação de R$ 675 mil.
No entanto, a mudança de comportamento do Vasco no segundo tempo deixou muitos torcedores apreensivos. Passivo e recuado, o Cruzmaltino aceitou a pressão dos donos da casa e o jogo ganhou um clima tenso após o empate. Segundo o treinador, o gramado do Ronaldo teve influencia na queda de rendimento.
Publicidade
"Fizemos um bom primeiro tempo, conseguimos até colocar um pouco da nossa ideia do jogo, porém, a grande dificuldade foi o piso do gramado. Isso dificultou a característica da nossa equipe, o jogo apoiado e que bota a bola no chão. Ficou um jogo muito competitivo, muito corporal, de segunda bola. Minha equipe não era um time de imposição física, essa foi a principal dificuldade. Pegamos uma equipe invicta. Sabíamos que íamos pegar uma equipe que criaria muita dificuldade, talvez o mais difícil, mas o mais importante era a classificação. Tivemos bom momento técnico, de boa competitividade. O jogo ficou muito de segunda bola, muito aéreo, e isso nos prejudicou um pouco", disse Cabo, na coletiva.
Sem tempo a perder, o treinador já pensa no clássico com o Botafogo, sábado, às 18h, em São Januário. Penúltimo colocado na Taça Guanabara, com um ponto conquistado em três rodadas, o Vasco poderá contar com a volta de Léo Matos, Leandro Castan e Cano no fim de semana. Cabo terá pouco tempo para corrigir os problemas identificados no segundo tempo.

"Depois dos 20, 25 minutos, a Caldense se atirou bem, estavam trabalhando muito a segunda bola e a bola diagonal. Quando eles perdiam e pressionavam a bola, a gente perdia pela irregularidade. Teríamos que usar a bola longa. Há o mérito da Caldense de encaixar a segunda bola. Tentamos alguns artifícios de substituição para não sermos pressionados. Acho que foi muito mais pela fadiga, temos 15 dias de trabalho. É muito pouco para estar na plenitude física, técnica e tática. Ficou um jogo muito de ligação direta e segunda bola", avaliou Cabo.