Alexandre Campello, Ex-presidente do VascoFoto: Rafael Ribeiro/Vasco
Publicado 05/10/2021 11:14
Rio - Na noite da última segunda-feira, o Conselho Fiscal do Vasco deu seu entendimento sobre as contas do Vasco em 2020 e sugeriu a reprovação. O documento, que foi protocolado na secretaria do clube, indica diversas denúncias de irregularidades no último ano de gestão do ex-presidente Alexandre Campello e aconselha a contratação de uma empresa terceirizada para uma maior apuração dos fatos, a fim de que, se necessário, tomem as medidas cabíveis. As informações são do portal "Uol".
"Os membros deste Conselho são da opinião que as contas do exercício de 2020 não devem ser aprovadas e recomendam a continuidade das apurações apontadas por este relatório, através de uma empresa especializada", aponta um trecho do documento.
O documentou apresentou falhas em relação ao "descontrole da dívida trabalhista". Depois da auditoria feita no início do ano, foram descobertas 63 ações, que até então, não eram conhecidas - elas geraram um aumento de R$ 36 milhões na dívida, atualmente na casa de R$ R$ 119 milhões.
O entendimento foi assinado por João Marcos Gomes de Amorim, presidente do Conselho. Além do mandatário, os membros do conselho, João Marcelo Fernandes Lucas e Silvio Roberto Vieira Almeida, também assinaram o parecer.
Para o Conselho Fiscal, os novos termos acordados na antecipação da renovação do contrato com a Kappa foram ruins para o Vasco. O novo vínculo foi assinado em setembro do ano passado.
Outra forte discussão foi sobre a venda de camarotes em São Januário. De acordo com o documento, no fim de novembro de 2020, cinco camarotes foram vendidos pela "bagatela" de R$5 mil para cada, então, membro da diretoria administrativa vascaína. O próprio Alexandre Campello comprou um, segundo o relatório.
O parecer é de que os camarotes foram vendidos abaixo do que eles valem no mercado, e um deles nem sequer pertencia ao clube. O local em questão era propriedade de um sócio já falecido. Ao saber disto, a herdeira compareceu à secretaria do cruzmaltino para retomar a propriedade.
Os quatro membros da antiga diretoria e o ex-presidente Campello foram notificados, receberam o dinheiro de volta e os camarotes foram retomados pelo clube.
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