Longe dali, em São Januário, o clima não era diferente. Desde às 8h, mais de 120 policiais do 4º batalhão garantiram a segurança no estádio, que amanheceu pichado com frases de protesto contra a gestão Dinamite. “Chega de vergonha. Fora, Banana”, diziam algumas das pichações apagadas por funcionários do clube no início da manhã.
Mas nem o forte policiamento intimidou a presença de torcedores no estádio. “O time se acovardou desde a primeira rodada. Foi ridículo sair escondido, em vez de botar a cara. Uma vergonha. Hoje não tive ânimo de trabalhar e nem dormi direito. Quero saber o que eles fizeram com o dinheiro do clube, da venda de jogadores. Cadê o dinheiro?”, questionou o estoquista Nelson Fernando, de 31 anos.
Já o motorista Joaquim Costa, de 52, preferiu fazer um protesto divertido do lado de fora de São Januário, que, por medida de segurança, esteve o dia inteiro fechado: “Vim de Volta Redonda mostrar minha indignação. Trouxe essas bananas que simbolizam os jogadores boêmios que desrespeitaram a instituição. Teve jogador preso de madrugada na Lei Seca mesmo com o Vasco passando por essa situação. Não é muita falta de respeito?”
Reformulação em vista
Já a permanência de Cristiano Koehler, diretor geral, é incerta — o dirigente colocou o cargo à disposição. Desgastado no cargo, após bater de frente com vários diretores, nesta temporada, ele dificilmente permanecerá.