Por pedro.logato
Rio - Se quiser vencer o duelo de quinta-feira contra o Corinthians, às 22h em São Januário, o Vasco terá que adotar uma estratégia digna dos melhores esgrimistas, no esporte que lembra o xadrez na velocidade da luz. Afinal, tem sobrado tática ao time paulista, que pode conquistar o hexacampeonato Brasileiro, mesmo em caso de derrota, desde que o Atlético-MG não vença o São Paulo, esta noite. Com apenas quatro derrotas em 34 jogos do campeonato, sendo três fora de casa — Internacional, Santos e Grêmio —, os corintianos têm feito jus ao espírito do seu velho mascote, o mosqueteiro.
Vasco e Corinthians fazem jogo decisivoDaniel Castelo Branco

Quem leu a célebre obra de Alexandre Dumas, ‘Os Três Mosqueteiros’, sabe que era quase impossível derrotar os lendários espadachins franceses Athos, Porthos, Aramis e depois, D'Artagnan. Um desafio de gigante para o Vasco, que precisa vencer o duelo do ano se quiser escapar do terceiro rebaixamento de sua história.

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Se faltou competência no primeiro turno do Brasileiro, no returno tem sobrado vontade aos vascaínos. E uma fé descomunal de que existem milagres no futebol. Uma missão muito difícil para quem precisa vencer três dos quatro jogos que restam. Mas se depender do técnico da Federação de Esgrima do Estado do Rio de Janeiro, Helios Lourenço, o time da Colina pode surpreender o dos mosqueteiros em sua velha arte.
“Todo navegador português tinha uma espada, símbolo de comando e soberania. Eles eram ótimos espadachins e adotaram a cruz de malta em alusão aos cavaleiros templários, que pela fé lutavam até a morte”, explica Helios, recorrendo à história para demonstrar que a esgrima faz parte das origens do clube da Cruz de Malta. Durante uma simulação do duelo de quinta com o esgrimista corintiano Thiago Simão, a pedido do Ataque, não faltaram provocações entre as partes.
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“Queremos ser campeões, afundar de vez o Vasco e acabar de vez com essa coisa de o ‘respeito voltou’”, brinca Simão, que aposta na estratégia da espada para gritar esta noite, “é campeão!
“A espada é uma arma que une força, técnica e paciência. Não se parte para cima, tem que ter inteligência para bater”, ensina. Já o espadachim vascaíno não perde a fé na virada. “Com técnica é possível derrubar um gigante, aproveitando o momento em que ele abre a guarda. Tenho certeza que a última palavra será nossa, “Touché!”, aposta.