Por luis.araujo

O Vasco da Gama é uma das equipes campeãs nacionais que não trocou de comando técnico nos últimos 12 meses. Apenas o Grêmio, com Roger Machado, e o Santos, com Dorival Júnior, possuem técnicos com mais tempo de trabalho que Jorginho. O comandante completa nesta quarta-feira, dia do seu 52º aniversário, um ano à frente da equipe.

Jorginho após ser "homenageado" pelo elencoPaulo Fernandes/Vasco.com.br/Divulgação

Ao longo desse período, o Cruzmaltino disputou 66 partidas e obteve 37 vitórias, 19 empates e apenas 10 derrotas. O retrospecto fez a equipe de São Januário conquistar a Taça Guanabara e alcançar o Bicampeonato Carioca. Ao fazer o balanço de sua passagem pelo time vascaíno, o aniversariante Jorginho lembra o início complicado, destaca a qualidade do elenco e frisa a importância da torcida para o sucesso do trabalho desenvolvido por sua comissão técnica.

"É um trabalho que vem sendo realizado com muita seriedade desde o ano passado. Quando cheguei, no dia 17 de agosto de 2015, o Vasco não atravessava um bom momento, mas conseguimos virar o jogo junto com a diretoria e os jogadores, os verdadeiros protagonistas. Eles entenderam a metodologia de trabalho, confiaram nela, recuperaram a credibilidade e a confiança em si próprios. Em alguns momentos, o que é normal, preciso ser duro, mas eles entendem isso. Não existe ciúme dentro do grupo, até porque todos sabem a sua importância", disse o comandante Jorginho.

Outra peça fundamental na engrenagem vascaína é o auxiliar técnico Zinho. Braço direito de Jorginho, o ex-jogador sofreu um pouco de resistência no momento em que foi anunciado como membro da comissão técnica, em virtude de sua relação com o Flamengo. Esse detalhe, entretanto, não foi levado em conta pela diretoria do Gigante da Colina. A postura do presidente Eurico Miranda foi elogiada pelo também tetracampeão mundial.

Auxiliar Zinho orienta jogadores durante atividade táticaPaulo Fernandes/Vasco.com.br/Divulgação

"Um dos grandes responsáveis por nosso sucesso é o presidente, sem dúvidas. Quando o Jorginho levou meu nome, em nenhum momento ele se mostrou contrário. Eu tinha um passado no Flamengo, um rival do Vasco, mas ele reconheceu o trabalho que eu fiz nos clubes que passei. Ele destacou o meu profissionalismo, a minha entrega. Eu vesti verdadeiramente a camisa de todas as equipes que passei. E aqui não foi diferente. Graças a Deus, com meu trabalho e dedicação, consegui quebrar essa restrição da torcida', afirmou o auxiliar Zinho.

A data especial agitou o treinamento desta manhã no Complexo Esportivo de São Januário. Após a comissão técnica dar por encerrada a atividade tática realizada no campo principal, os jogadores, liderados por Nenê, deram um caloroso abraço no aniversariante Jorginho e o "presentearam" com ovadas. Quem também não escapou da homenagem foi o auxiliar técnico Zinho. Os dois, entretanto, usaram a experiência adquirida dentro das quatro linhas, superaram a marcação cerrada e também atingiram os comandados com ovadas.

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