Por marta.valim

O banco de investimentos Goldman Sachs e a gestora do fundo de hedge D.E. Shaw dos Estados Unidos foram compradores da participação de 4,9% do Banco Espírito Santo (BES) vendida no dia 14 de junho pela holding Espírito Santo Financial Group (ESFG) para saldar empréstimos com o banco Nomura. Em comunicado ontem à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o órgão regulador do mercado de capitais de Portugal, o BES informou que as duas instituições passaram a deter participações, respectivamente, de 2,27% e 2,7% no capital do banco, após adquirirem ativos no início do mês.

As participações qualificadas do Goldman Sachs e da gestora D.E.Shaw foram comunicadas pelo BES porque ultrapassaram o limite legal de 2% no capital do banco, definido pelos reguladores, para divulgação ao mercado. Segundo o BES, a transposição do limite ocorreu com o investimento em derivativos negociados fora de mercado regulado, como contratos diferenciais (CFD) e swaps de ações, assim como em títulos do banco.

Segundo o comunicado, a transação do Goldman Sachs consistiu em ações correspondentes a 1,6% do capital do BES e instrumentos derivativos representativos de 0,67% do banco. Após estes negócios, a posição no BES situou-se em 2,27%. Também a D.E. Shaw aproveitou a baixa da cotação das ações do banco para apostar no banco através da compra de swaps de ações e adquiriu instrumentos financeiros equivalentes a 2,71% do BES.

O BES também divulgou ontem o nome do Deutsche Bank como assessor financeiro contratado para avaliar as possibilidades de otimização da sua estrutura. O BES informou que a sua Comissão Executiva contratou o Deutsche Bank em um comunicado enviado à CMVM. O banco alemão ficou fora do grupo de instituições financeiras contratadas para o último aumento de capital do BES, de cerca de um bilhão de euros, concretizado no início de junho.

O banco portugues também anunciou ontem o adiamento da apresentação dos resultados do segundo trimestre para o próximo dia 30, véspera da assembleia-geral. O balanço da filial do BES no Brasil também será adiado. A Espírito Santo International (ESI), dona da Rioforte, infomou que autoridades do Luxemburgo aceitaram seu pedido de proteção contra credores. Com agências

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