Após o Bradesco, o Santander anunciou na quarta-feira que disponibilizará R$ 10 bilhões em crédito para pequenas e médias empresas (PMEs). O montante será destinado para linhas de crédito de formação de estoques, pagamento de 13º salário, capital de giro, desconto de cheques e duplicatas.
Com a medida, a carteira da instituição — que recolheu 12% para o setor nos últimos 12 meses até junho — será expandida para atender demandas do segundo semestre. Segundo o Superintendente Executivo de Produtos de Varejo do Santander, Paulo Duailibi, o aumento do crédito acompanha o ciclo natural do período.
“Nosso apetite e compromisso de trabalhar com o seguimento sempre foi importante. O encolhimento do crédito para o setor nos últimos meses aconteceu porque a demanda não chegou até nós. Tivemos um primeiro semestre atípico no setor com o movimento da economia menos dinâmico”, explica.
Para o executivo, a retração da demanda no setor nos primeiros meses do ano está diretamente relacionada à Copa do Mundo. “Estamos falando de um setor que engloba comércio e pequenas indústrias. Vimos que os feriados do Mundial resultaram na queda da demanda de consumo. Já o segundo semestre engloba o ciclo mais importante do ano comercial, com Natal, Dia dos Pais, férias de fim de ano e 13º salário”, afirma.
Paulo Duailibi explica que as linhas ofertadas pela instituição ontem não têm relação direta com as medidas anunciadas pelo Banco Central no final de julho para estimular o crédito, que representaram oferta adicional de R$ 45 bilhões no mercado para empréstimos.
“Todos os anos temos esse tipo de mobilização no segundo semestre, que tem a ver com a manutenção da nossa cota de clientes. Não podemos ficar atrás da concorrência. As deliberações do BC funcionaram como um fator adicional muito positivo para nós. Porém, independente da conjuntura, se estivéssemos em crise ou com a economia super aquecida, nosso plano anual para o setor seria colocado em prática do mesmo jeito”, garante.
Incluindo vários benefícios, as linhas de crédito do Santander oferecem, na modalidade “Capital de Giro”, até 90 dias de carência para o início do pagamento do contrato. O banco ainda disponibiliza o “Cheque Empresa Plus” com limites extras, que dão cinco dias sem juros para o pagamento.
“Queremos estar cada vez mais perto do empresário e sermos reconhecidos como o banco da pequena e média empresa brasileira”, afirma Paulo Duailibi.
Na última segunda-feira, dia 18, o Bradesco também anunciou a liberação de R$ 10 bilhões ao segmento de pequenas e médias empresas (PMEs). A medida foi apresentada pelo banco com objetivo de financiar a formação de estoque das empresas, fornecer capital de giro e crédito para pagamento do 13º salário, mesma explicação apresentada pelo Santander ontem.