Por parroyo

Rumores sobre o resultado das próximas pesquisas eleitorais, do Datafolha e do Ibope, a serem divulgadas a partir desta quarta-feira, deram fôlego ao Ibovespa, que após operar volátil durante a manhã, se firmou em campo positivo. O principal índice da Bovespa chegou a alcançar o patamar de 62.215 pontos na máxima do dia, mas perdeu força e terminou em alta de 1,23% aos 61.895 pontos, renovando o maior patamar desde janeiro de 2013. O giro financeiro foi de R$ 9,1 bilhões.

De acordo com analistas e operadores, os boatos nas mesas de operação apontavam que Marina Silva (PSB) aparecerá à frente de Dilma Rousseff (PT) no primeiro turno nos próximos levantamentos. A última pesquisa Datafolha mostrou empate técnico entre as candidatas.

“Os boatos sobre o resultado da pesquisa e também a entrevista de Marina deram força ao Ibovespa. Ela reafirmou o compromisso fiscal e a independência do Banco Central e isso é tudo o que o mercado quer ouvir”, avaliou o diretor da Futura Corretora, André Ferreira. A candidata do PSB concedeu à Agencia Estado uma entrevista que começou às 16h.

Durante a conversa, ela reafirmou sua posição contrária ao que chama de “uso político da Petrobras”, ao se referir ao subsídio no preço dos combustíveis, e preferiu não adiantar quem seria o ministro da Fazenda em um eventual governo. Citou, no entanto, os nomes de Eduardo Gianetti e Andre Lara Rezende, os economistas responsáveis pela confecção do programa econômico.

À frente dos ganhos, Banco do Brasil ON disparou 5,73%, cotado a R$ 37,46. O Credit Suisse elevou a recomendação das ações do banco de “neutro” para “acima da média do mercado” e elevou o preço-alvo da ação para R$ 44. Em relação aos papéis das outras estatais, Petrobras PN subiu 3,06% e Eletrobras PNB recuou 2,64%. Na ponta negativa, Qualicorp ON perdeu 2,90%.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou nesta terça-feira que haverá reajuste no preço da gasolina neste ano e ressaltou que no ano passado houve dois reajustes. Mas voltou a repetir que não existe uma regra pré-definida para isso, apenas se sabe que ao menos um reajuste irá ocorrer.

Nos Estados Unidos, as bolsas terminaram em direções opostas. Na agenda, a indústria de transformação do país avançou em agosto no ritmo mais rápido dos últimos três anos, o que compensa a preocupação com o fraco desempenho da produção da Europa e da China. No entanto, os índices subiram forte em agosto e o mercado toma fôlego para um novo rali. O Dow Jones caiu 0,18%, o S&P teve leve queda de 0,05% e o Nasdaq avançou 0,39%.

No mercado de câmbio, o dólar recuou 0,19%, cotado a R$ 2,241 na venda.

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