Por parroyo

Mesmo após a euforia de ontem, quando o Ibovespa subiu 4,72% e cravou a maior alta percentual diária em mais de dois anos,refletindo o desempenho de Aécio Neves (PSDB) na votação de domingo, a expectativa de que o tucano consiga o apoio de Marina Silva e se mostre à frente de Dilma Rouseff (PT) nas primeiras pesquisas referentes ao segundo turno alavanca a bolsa. Por volta das 13h, o Ibovespa subia 1,05%, aos 57.714 pontos. O giro financeiro era de R$ 5,4 bilhões.

“Jornais locais acreditam em apoio de Marina a Aécio, mas com condicionalidades. Parece bem provável o apoio, e amanhã o PSB e Rede se reunirão para decidir e oficializar um anúncio – que deve sair na quinta-feira”, apontou a Guide Investimentos, em nota. Novas pesquisas do Datafolha e do Ibope devem ser conhecidas também na quinta-feira. 

À frente dos ganhos, Cemig subia 8%. O BTG Pactual divulgou na segunda-feira um relatório no qual avaliou que a mudança de governo em Minas Gerais, com a eleição de Fernando Pimentel (PT), poderia criar a percepção de uma deterioração na gestão da companhia. Entretanto, o diretor de Finanças e RI da Cemig, João Batista Zolini, acredita que o governo vai respeitar a gestão da empresa.

As estatais mais uma vez puxam o avanço do índice. Petrobras PN subia 5% enquanto o papel ordinário da estatal tinha alta de 4,64%. Banco do Brasil ON valorizava 4,57%.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam em terreno negativo. A dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Kansas City, Esther George, acredita que se deve começar uma discussão mais séria sobre o início do aumento da taxa de juros. “A normalização de política monetária deveria ocorrer o quanto antes, já que os riscos de manter os juros baixos enquanto a economia está em pelo emprego e a inflação ultrapassou a meta de 2,0% são muito piores”, apontou a Fator Corretora, em nota. O Dow Jones caía 0,70%, o S&P recuava 0,50% e o Nasdaq tinha queda de 0,51%.

No mercado de câmbio, o dólar caia 1,23%, cotado a R$ 2,397.

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