Por parroyo

Na esteira do bom humor externo, o mercado financeiro brasileiro tem um dia de alívio após sessões seguidas tomadas pela cautela em meio à difícil relação do Planalto com o Congresso, o que pode dificultar o ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O Ibovespa opera em alta e, por volta das 13h, subia 0,69%%, aos 49.241 pontos e diminuía a perda acumulada superior a 4% no mês de março.

Analistas apontam que a tensão política arrefeceu após o governo ter cedido ao acordo com o Senado para realizar um ajuste escalonado na tabela do Imposto de Renda, até o teto de 6,5%. “A mudança no modelo acabou beneficiando o governo, que sofreria um impacto de R$ 7 bi, caso o Congresso insistisse em um reajuste linear de 6,5% na tabela”, apontou a XP Investimentos, em nota.

À frente dos ganhos, Marcopolo PN disparava 9,18%, seguido por CSN, que avançava 7,06%. As ções da Petrobras, por sua vez, também operavam no azul – as preferenciais tinham alta de 1,25% e as ordinárias valorizavam 1,65%. Na contramão, Gol PN caía 5,25%.

Na agenda, o Banco Central apontou, na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que não enxerga a inflação iniciando uma trajetória de queda neste ano em meio à desvalorização do câmbio e ajuste dos preços administrados. Na última semana, o Comitê manteve o ritmo de aperto monetário ao elevar a taxa básica de juros a 12,755 aos ano.

Nos Estados Unidos, as bolsas operam em forte alta alavancadas pelas ações dos bancos ainda em um movimento de ajuste às perdas recentes. Por volta das 13h, o Dow Jones tinha alta de 1,09%.

No mercado de câmbio, em meio ao movimento de realização de lucros, o dólar recuava 0,09%, cotado a R$ 3,125 na venda. De acordo com a Correparti, o movimento reflete ainda a trégua política o movimento de desvalorização observado no exterior.

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