Barragem de fechamento de 9,5 quilômetros para proteger o lado norte da Baía de GuanabaraFoto: Universidade de Ciências Aplicadas de Roterdã e UVA - Divulgação
Publicado 13/12/2021 20:53

Guapimirim - Um grupo de estudantes brasileiros da Universidade Veiga de Almeida (UVA), na cidade do Rio de Janeiro, e da Universidade de Roterdã, na Holanda, apresentaram uma sugestão de projeto sobre como evitar inundações em Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e em outras cidades fluminenses como a capital carioca, Duque de Caxias, Magé, Itaboraí e São Gonçalo.
O que todos esses municípios têm em comum é que são banhados pela Baía de Guanabara. Os autores do referido projeto estimam uma elevação do nível do mar em até três metros de altura, devido às mudanças climáticas.
O projeto consiste na instalação de uma barragem de 9,5 quilômetros de extensão por 11 metros de altura na Ponte Rio-Niterói, o que ajudaria a evitar enchentes nessas regiões, incluindo os aeroportos Tom Jobim, na Ilha do Governador, e Santos Dumont, no Centro, ambos na Cidade Maravilhosa, segundo a Agência Brasil.
O projeto usa como base a modelagem para cidades litorâneas proposta pelo "Climate Central", organização sem fins lucrativos localizada nos Estados Unidos.
Outras cidades como Nova Iorque, nos Estados Unidos, Durban, na África do Sul, e Taipei, em Taiwan, também seriam potencialmente afetadas pelas mudanças climáticas, prevê o estudo elaborado na Holanda.
Para pensar em soluções para a Baía de Guanabara, os universitários de ambas as nações se reuniram semanalmente por um mês.
Nos próximos dias, os professores e alunos da UVA envolvidos no projeto terão uma reunião com representantes da Prefeitura do Rio de Janeiro para apresentar a proposta e discutir como viabilizá-la ou adequá-la, de acordo com a Agência Brasil.
Do Brasil, a Universidade Veiga de Almeida foi a única a participar do desafio "Protecting Delta Cities: International Student Challenge". O evento foi realizado pela instituição situada nos Países Baixos.
Os neerlandeses possuem "expertise" no tema, tendo em vista que vivem num país abaixo do nível do mar.
Em 1953, as inundações provocaram 1.835 mortes e deixaram 72 mil pessoas desabrigadas. Esse episódio motivou o país a investir em sistemas de construção de diques e de barragens contra enchentes. Graças a esses avanços tecnológicos, foi possível construir estradas onde seriam pântanos, e a Holanda é uma das maiores economias da Zona do Euro.
Leia mais