Saquarema, na Região dos Lagos, tem praias e restaurantes lotados durante este fim de semana da pandemia da Covid-19
Enquanto parte da população fica em casa ou procura refúgio em lugares isolados da cidade, bares e restaurantes das áreas centrais lotam no fim de semana de sol
Praia de ItaúnaCecília Marrashi
Por O Dia
Saquarema - O novo coronavírus continua se disseminando e a curva é ascendente por aqui também. Saquarema apresentou, no seu último boletim, 566 casos confirmados e 33 mortes.
O vírus avança pelos municípios do interior e, segundo o infectologista Rodrigo Neves, enquanto não houver uma quarentena real, o contágio não desacelerará. "Eu acredito que a flexibilização foi feita na hora errada. As cidades do interior tiveram um atraso no contágio e estamos agindo no tempo das grandes cidades. Meu medo é termos um grande colapso no sistema de saúde. - disse o médico.
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No site da Prefeitura de Saquarema, um aviso: A cidade que é Naturalmente Linda tem um recado importante pra você: neste momento, não me visite. Peço isso porque amo você e sua família!”
Parece que o recado não está adiantando. Foi um sábado bem agitado na cidade. As ruas e restaurantes próximas à Igreja Nossa Senhora de Nazareth e as praias da Vila, Itaúna e Jaconé estavam lotadas no dia de ontem (11).
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As pessoas caminhavam naturalmente pela orla no fim de tarde, muitas sem máscaras e se aglomeravam nos bares e restaurantes do calçadão.
Segundo informações da assessoria da Prefeitura, desde o dia 15 de junho, Saquarema determinou a flexibilização nas atividades econômicas, comerciais e de serviços, a “Fase Amarela”, como é chamada no Plano Municipal. Embora imponham capacidade reduzida e regras de distanciamento social e o uso de máscaras entre as requisitos para a volta das atividades hoteleiras e espaços de lazer, a maior parte das pessoas não respeita as normas de prevenção.
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"Está um terror andar pelas ruas e ir ao supermercado hoje. Tudo lotado, todos os estabelecimentos comerciais cheios, gente saindo pelo ladrão, mesmo com todos esses carros da Secretaria de Segurança e Ordem Pública. Eles vão aos estabelecimentos, notificam, chamam atenção e, quando viram as costas, volta tudo ao "novo normal". Que novo normal é esse que incentiva o contágio desse maldito vírus?" - desabafou a moradona de Itaúna, que não quis se identificar.