Mapa de calor monitora a incidência da COVID-19 na cidade - Reprodução
Mapa de calor monitora a incidência da COVID-19 na cidadeReprodução
Por O Dia
Petrópolis - O governo interino de Petrópolis e a Fiocruz vão ampliar o monitoramento da COVID-19 na cidade. A intenção é envolver as equipes da Atenção Básica, com estratégia Saúde da Família, no método, desenvolvido pela instituição, que usa a cartografia participativa, para monitorar a incidência da doença na cidade. O objetivo é traçar estratégias e avaliar medidas de prevenção e controle baseadas nos resultados obtidos pela ferramenta.

“A parceria com a Fiocruz é muito importante para o município. Temos total interesse de estreitar cada vez mais os laços para usarmos o potencial da instituição em benefício da população”, afirmou o prefeito interino, Hingo Hammes.
Reunião do governo municipal com representantes do Fórum Itaboraí - Política, Ciência e Cultura na Saúde/Fiocruz-Petrópolis - Divulgação
Reunião do governo municipal com representantes do Fórum Itaboraí - Política, Ciência e Cultura na Saúde/Fiocruz-PetrópolisDivulgação


Para o secretário de Saúde, Aloisio Barbosa da Silva Filho, a cartografia participativa desenvolvida pela Fiocruz será fundamental para a tomada de decisões.

“A ferramenta gera mapas cartográficos de calor que indicam as áreas de maior incidência da doença e como este trânsito acontece entre os bairros. É uma excelente forma de analisarmos o avanço da COVID-19”, avaliou, lembrando que os mapas já foram utilizados para identificar os dois primeiros bairros que começaram a receber nesta quinta-feira (11), as equipes para vacinação domiciliar de acamados, que não conseguem se locomover.

A aplicação da ferramenta nas unidades da Atenção Básica, com estratégia de Saúde da Família, vai permitir mapear quase metade da população da cidade.

“O principal objetivo deste sistema geográfico é permitir avaliar a gravidade para discutir estratégias e alertar a população sobre a presença da doença. O sistema funciona como um sinal de alerta que permite uma ação rápida para bloquear a contaminação e proteger os indivíduos”, explicou o diretor do Fórum Itaboraí - Política, Ciência e Cultura na Saúde/Fiocruz-Petrópolis, Felix Rosenberg.
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Segundo Rosenberg, a cartografia participativa consiste na aquisição de dados sobre os territórios, oriundos do departamento de Vigilância em Saúde e também a partir da visão de quem vive e trabalha nestes locais, principalmente os agentes comunitários de saúde.
O trabalho foi iniciado em 2017 em oito áreas prioritárias, dando origem aos mapas territoriais, ricos em detalhes e agora serão ampliados para todas as unidades da Atenção Básica com estratégia Saúde da Família. O método faz uma micro vigilância que envolve a população e estimula a corresponsabilidade no enfrentamento da doença.