Por IG - Gente

Segundo informações da filha da artista, a também atriz Beth Goulart, Nicette provavelmente contraiu o vírus durante uma reunião familiar. Ela estava internada desde o final de novembro na Casa de Saúde São José, no Humaitá, na Zona Sul do Rio. 

"Mamãe ficou muito protegida durante dez meses. Coloquei numa redoma. Mas as coisas acontecem quando a gente menos espera. Um parente foi visitá-la e não sabia que estava doente", contou ela, que não contraiu a doença. "Mas meu irmão teve e meu filho e minha nora também pegaram", disse à coluna de Patrícia Kogut.

Nicette nasceu no dia 7 de janeiro de 1933, em Niterói, no Rio de Janeiro. Desde muito pequena, já tinha a arte como profissão. Iniciou a carreira artística aos 4 anos, na Rádio Guanabara, no programa infantil de Alberto Manes. Por lá, declamava, cantava e tocava piano. Depois, Nicette ingressou no grupo de teatro da Associação Cristã de Moços, e a atuação entrou de vez na vida da artista. De lá, passou por mais algumas companhias e, aos 14 anos, já era profissional contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais. Foi onde estreou na peça 'A Filha de Iório', de Gabriele D'Annunzio.

Foi no teatro, inclusive, que Nicette encontrou o grande amor de sua vida, o ator Paulo Goulart, falecido em 2014. Em 1952, os dois se conheceram no palco e trocaram os primeiros beijos nos camarins durante os intervalos do espetáculo 'Senhorita Minha Mãe', de Louis Verneuil, segundo o site Memória Globo. Da união, oficializada em fevereiro de 1954, nasceram os atores Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart.

Uma pioneira na televisão, Nicette atuou na Tupi, em 1952 e 1962, na primeira adaptação do 'Sítio do Picapau Amarelo', feita por Tatiana Belinky e Júlio Gouveia. Anos depois, de 2001 a 2004, ficou eternizada como a doce Dona Benta para várias crianças ao participar da terceira versão do seriado infantil, produzida pela Globo. Mas sua primeira telenovela foi 'Os Fantoches' (1967), na TV Excelsior.

A atriz participou ainda de novelas de grande sucesso na extinta Tupi, como 'Meu Pé de Laranja Lima' (1970), baseada no romance de José Mauro de Vasconcelos; 'Éramos Seis' (1977), de Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, uma adaptação do livro de Maria José Dupré; e a inacabada 'Como Salvar Meu Casamento' (1979), de Edy Lima, Ney Marcondes e Carlos Lombardi. Seus últimos trabalhos na televisão foram em 'Órfãos da Terra', da Globo, dando vida a Ester Blum, e o remake de 'Éramos Seis', produzido também pela emissora carioca em 2020, quando Nicette fez uma participação especial como a Madre Joana.

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