Por marlos.mendes

Rio - Quem planeja trocar o aluguel pela casa própria deve aproveitar as opções que o mercado oferece para compra. Mas é preciso ter cautela para não cair em armadilhas. Atualmente, há opções de financiamento para todas as faixas de renda. O Ministério das Cidades acaba de autorizar o início da execução da faixa 1,5 do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, com meta de contratar 40 mil imóveis no país. Com a determinação, cada empreendimento terá, no máximo, 500 unidades. A modalidade vai beneficiar famílias com renda mensal bruta limitada a R$ 2.350, e que têm capacidade de comprometimento de renda.

O interessado também vai contar com subsídios (descontos) de até R$ 45 mil, conforme renda e localização do imóvel, além de juros 5,5% ao ano mais TR (Taxa Referencial). Segundo o Ministério das Cidades, a faixa 1,5 tem como principal característica oferecer subsídio maior do que o da faixa 2 para atender famílias que não conseguem comprar imóvel nesse valor. No programa, as unidades têm que custar até R$ 225 mil no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Vale lembrar que o ‘Minha Casa, Minha Vida’ beneficia famílias com renda de até R$ 6.500. E, quanto menor a renda, maior será o subsídio concedido pelo programa.

Para a nova faixa de operação de financiamento não haverá seleção de famílias por prefeituras, como era feito na faixa 1, renda de até R$ 1.600. Os candidatos devem procurar instituições financeiras e construtoras para que sejam enquadrados nos critérios.

Modalidades de empréstimo
Além do ‘Minha Casa, Minha Vida’, existem outras modalidades de empréstimo habitacional oferecidos pela Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, além dos agentes financeiros privados, como Bradesco, Itaú e Santander. EsSas instituições oferecem crédito imobiliário pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação). Neste caso, os imóveis têm que custar até R$ 750 mil e o FGTS poderá ser usado desde que o comprador se enquadre nas regras do fundo. Entre elas, ter pelo menos três anos de carteira assinada consecutivos e não ter imóvel próprio. Outra opção são empréstimos para imóveis acima desse valor adquiridos pelo SFI (Sistema Financeiro Imobiliário). Nesse caso, não há limite do valor do imóvel e os juros são definidos pelos bancos. Em geral, ficam um pouco acima de 12% ano mais TR.

Tanto o SFH quanto o SFI permitem a compra de unidades na planta (que ainda vão ser construídas), novas (com até 180 dias de habite-se) e usadas. O prazo de pagamento pode chegar a 35 anos. Para quem não tem pressa, uma boa opção é o consórcio imobiliário. A linha não cobra juros, apenas corrige as parcelas e o saldo devedor anualmente. A contemplação acontece por sorteio e lance, para ter o bem mais rápido.

O FGTS também pode ser usado. As administradoras cobram taxa de administração, seguro e fundo de reserva. Em todas as opções, é preciso ter em mente que o imóvel tem que estar regularizado, pois servirá de garantia na operação. Ou seja, em caso de não pagamento (inadimplência), o bem será retomado. Para evitar problemas, a recomendação é pedir certidão atualizada de ônus reais, que traz a trajetória do imóvel.

Promoções e mimos
Atualmente, as construtoras estão fazendo ações para se livrarem dos estoques de imóveis. Ou seja, aqueles que já estão prontos para morar. Há oportunidade nas zonas Norte e Oeste da cidade. E as opções incluem imóvel sem entrada, com o carro ou o FGTS de sinal, além de descontos e mobília, entre outros. A dica é escolher o bairro e o tipo de imóvel para começar a fazer as visitas nos estandes de vendas ou nas imobiliárias. Mas é bom desconfiar sempre de muita facilidade. Por isso, leia o contrato para verificar se as condições oferecidas cabem no seu bolso, pois a dívida será de longo prazo.

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