Parte do submarino Humaitá: 72 metros de comprimento e autonomia de 80 dias, cinco deles submerso - Divulgação - Itaguaí Construções Navais
Parte do submarino Humaitá: 72 metros de comprimento e autonomia de 80 dias, cinco deles submersoDivulgação - Itaguaí Construções Navais
Por Jupy Junior
ITAGUAÍ – Ele está quase pronto: o submarino Humaitá, uma importante conquista tecnológica e industrial brasileira, será lançado no próximo dia 11 ao mar, em uma cerimônia que contará com a presença do presidente da República. Antes disso, porém, um evento para jornalistas ocorrido na quarta-feira (2) mostrou que o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) - uma parceria firmada entre o Brasil e a França em 2008 com a objetivo de transferir tecnologia para a fabricação de embarcações militares – vai de vento em popa, ou, mais adequadamente, de propulsor a toda.
O Humaitá é um marco tecnológico muito significativo: é um submarino que vai deslocar uma massa de duas mil toneladas, tem uma autonomia de 80 dias no mar (podendo ficar submerso por até cinco dias), tem 72 metros de comprimento, capacidade de transportar 35 tripulantes, equipado com míssil, torpedos, minas aquáticas, e faz lançamento de tropa aquática especializada para combate no mar. Sua autonomia e os motores a diesel fazem com que ele possa se locomover sem paradas, por exemplo, do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul.
Publicidade
O Humaitá é o segundo da classe, fruto da cooperação tecnológica com a França. O Prosub já lançou ao mar o submarino Riachuelo, este em fase de testes finais, com vistas a ser entregue para operação à Marinha em 2021, quando estará armado e pronto para cumprir suas missões.
No total, estão planejados quatro submarinos do tipo convencional, movidos a bateria, recarregadas por motor a diesel. Um quinto submarino, com propulsão nuclear, também faz parte do programa. A construção das embarcações para a Marinha está a cargo da Itaguaí Construções Navais (ICN).
Publicidade
O nome da embarcação é uma alusão a uma das batalhas da Guerra do Paraguai, a batalha de Humaitá: um dos submarinos brasileiros rompeu as correntes, o que deu início à vitória do Brasil nesse conflito.
O contra-almirante André Martins, gerente de Infraestrutura Industrial do Prosub, destacou que é fundamental ao Brasil resguardar a faixa da Amazônia Azul, por onde passam a maior parte do comércio marítimo nacional e onde estão localizadas as principais jazidas de petróleo do país.