Publicado 01/05/2021 15:12 | Atualizado 01/05/2021 15:31
ITAGUAÍ – Cerca de 40 famílias (segundo informações da polícia militar) adentraram um terreno da Petrobras em uma das entradas de Itaguaí e organizaram uma ocupação na manhã deste sábado (1º). A área fica em frente ao antigo Boteco Cadena, no bairro Ponte Preta - na avenida Deputado Octávio Cabral - e já foi reservada para a instalação de um polo petroquímico, que, mais tarde, foi montado em Itaboraí. Desde então, o extenso terreno da Petrobras permaneceu sem uso. Policiais do 24º Batalhão da PM estão no local.
Marcos Garcia, presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), disse que o partido apoia a ocupação. Ele contou que seis ônibus cheios (com cerca de 50 indivíduos cada um) encostaram junto ao terreno por volta das 5h da manhã, e que as pessoas que montaram barracas e abrigos improvisados são trabalhadores desempregados e sem-teto. “São pessoas sem emprego, com fome, de Itaguaí, Campo Grande, Santa Cruz e outros lugares que têm total apoio do diretório municipal do PT, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), da Central Única das Favelas e vários sindicatos”, disse ele com exclusividade para O DIA.
Garcia disse que o movimento - chamado de “Campo de Refugiados Primeiro de Maio” -, cuja liderança é na forma de colegiado, vai se manifestar para a imprensa mais tarde para detalhar as motivações e planos, e que mais pessoas vão chegar ainda neste sábado para participar da ocupação.
O presidente do PT de Itaguaí também disse que a ação tem sido planejada desde janeiro deste ano, e que foi articulada logo depois das eleições municipais do ano passado.
A polícia militar foi chamada, atendeu à ocorrência e confirmou o movimento, mencionando “invasão de propriedade”. Há informações ainda não confirmadas de que participam o Movimento Sem Terra (MST), Movimento do Povo e sindicalistas do norte fluminense.
Não houve confronto e não há informações precisas sobre o número de pessoas que estão na ocupação.
A Prefeitura de Itaguaí não se pronunciou oficialmente a respeito até o momento.
PETROBRAS ENVIA NOTA
A Petrobras, dona do terreno, enviou nota a O DIA. Segue, na íntegra: “A Petrobras confirma que o terreno pertence à companhia e que está adotando as medidas cabíveis para reintegração da área”.
A Petrobras, dona do terreno, enviou nota a O DIA. Segue, na íntegra: “A Petrobras confirma que o terreno pertence à companhia e que está adotando as medidas cabíveis para reintegração da área”.
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