Comerciantes e músicos ponderaram que o decreto 1711/2021 determina que bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimento congêneres só podem receber público entre as 7h e as 23h, mas que há outras áreas da cidade que estão registrando aglomerações, como filas de banco e praças. - Foto: divulgação
Comerciantes e músicos ponderaram que o decreto 1711/2021 determina que bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimento congêneres só podem receber público entre as 7h e as 23h, mas que há outras áreas da cidade que estão registrando aglomerações, como filas de banco e praças.Foto: divulgação
Por Lili Bustilho
Bom Jesus do Itabapoana - O prefeito de Bom Jesus do Itabapoana, no Noroeste Fluminense, Paulo Sergio Cyrillo, o vice-prefeito Otávio Amaral e autoridades da Secretária Municipal de Saúde receberam na sede da Prefeitura representantes do comércio e do setor de música ao vivo da cidade para conversar sobre o decreto 1711/2021, que prorrogou as medidas de combate à epidemia do novo Coronavírus (Covid-19) e estabeleceu novas providências temporárias de prevenção ao contágio e de enfrentamento da emergência em saúde pública.

Os comerciantes e músicos ponderaram que o decreto 1711/2021 determina que bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimento congêneres só podem receber público entre as 7h e as 23h, mas que há outras áreas da cidade que estão registrando aglomerações, como filas de banco e praças. "Pesa para a gente ter que fechar às 23h, enquanto a população se aglomera em outras áreas", disse Sabrina Amaral, proprietária do Boteco Online.

A secretária de Saúde, Cíntia Ferrini Farias, explicou que, atualmente, Bom Jesus encontra-se no pico de notificação de novos casos de Covid-19, o que obriga a administração pública a não flexibilizar medidas e a agir para combater a propagação da pandemia, de acordo com as diretrizes técnicas de epidemiologia. "A média móvel anterior de novas notificações era de 260 novos casos por mês e agora estamos em 300. O número de pessoas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Bom Jesus é alarmante. A situação é séria", explicou.

O prefeito Paulo Sergio Cyrillo lembrou que é dever das autoridades públicas zelar para saúde da população, como exige a Constituição. "Não é questão do que queremos fazer, mas do que precisamos fazer neste momento. Mas uma coisa é certa: a Prefeitura e o comércio de Bom Jesus têm que ser parceiros. Queremos que o comércio tenha o melhor desempenho possível", afirmou.

Os representantes dos comerciantes e músicos foram convidados a apresentar sugestões ao Gabinete de Crise, que vai tratar do combate à Covid-19. Dois dos principais pedidos deles são a ampliação do horário de atendimento ao público e o retorno da permissão da música ao vivo nos estabelecimentos. O prefeito Paulo Sergio Ciryllo e a secretária Cintia Ferrini se comprometeram a acomodar os pedidos dos comerciantes assim que a situação de vigilância epidemiológica permitir.

"A equipe da Prefeitura nos ouviu, o aproveitamento da reunião foi enorme", afirmou o músico e promotor de eventos Carlos Boniolo. "Nossas ideias e sugestões foram acolhidas". Continua após foto.
Representantes dos comerciantes e músicos foram convidados a apresentar sugestões ao Gabinete de Crise, que vai tratar do combate à Covid-19. - Foto: divulgação/PMBJI
Representantes dos comerciantes e músicos foram convidados a apresentar sugestões ao Gabinete de Crise, que vai tratar do combate à Covid-19.Foto: divulgação/PMBJI


Os bares, restaurantes e lanchonetes de Bom Jesus começaram, na noite de quinta-feira (07/01), a receber visitas da Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde, para orientar os comerciantes e averiguar o cumprimento do decreto 1711/2021. A fiscalização é contínua e conta com o apoio da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Obras, Transportes e Serviços Públicos. A Vigilância Sanitária também está atuando nas filas de banco e áreas públicas da cidade que possam abrigar aglomerações.

Dentre outras medidas, o decreto 1711/2021 determina que o funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimento congêneres será limitado ao atendimento do público a 50% da sua capacidade de lotação, entre as 7h e as 23h. O consumo de bebidas alcoólicas nestes locais só será permitido aos clientes devidamente acomodados e sentados em mesas e cadeiras nas áreas internas e externas, respeitando o distanciamento mínimo de dois metros, além de se observar o limite de cinco pessoas por mesa, exceto se todos forem pertencentes ao mesmo núcleo familiar. Entre as 23h e as 7h, fica autorizado o funcionamento na modalidade de delivery ou drive-in.

Também está vedada nestes estabelecimentos a utilização de música como forma de entretenimento, seja de maneira mecânica com DJ ou similar, ou com música ao vivo, além de pistas de dança.

O decreto permite que os restaurantes trabalhem em sistema self-service, desde que sejam disponibilizadas luvas descartáveis para que os clientes manuseiem os talheres e demais utensílios no local, além de álcool 70º.