Macaé — Premiar o esforço, a dedicação, o compromisso, e fazer com que isso se multiplique e reflita no futuro é o objetivo do Bolsa Escola, programa criado pela secretaria de Educação de Macaé que tem apresentado resultados animadores em pouco tempo. Implantado no início do ano para os alunos do 6º ao 9º anos da rede pública e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), o projeto registrou uma melhora nas notas das turmas do Ensino Fundamental de 95%, resultado de uma iniciativa que estimula os estudantes a compartilhar seus saberes, em vez de competirem uns com os outros. O prefeito Dr. Aluizio participou da cerimônia de anuncio dos contemplados, na terça-feira.
“Se tivermos um pouco de conhecimento e um pouco de cuidado com as pessoas, vamos transformar a nossa cidade”, destacou o prefeito. “A premissa do Bolsa Escola é mostrar que o esforço tem como resultado o mérito. Mas essas crianças foram capazes de ensinar para todos nós que há também espaço para se pensar no próximo. Quando todos estudam juntos, todos ganham”.
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Foi o caso de Jhovana Martins e Mell Magnólia, do 6º ano do Colégio Municipal Engenho da Praia. As duas estiveram entre as 100 melhores médias do primeiro bimestre, e tiveram direito a receber os R$ 600 por mês. E repetiram a dose no segundo. Mas desta vez elas se dedicaram a ajudar a amiga Gabrielle Brandão, atuando como monitoras para os colegas, uma contrapartida exigida pelo programa. Resultado: Gabrielle ficou em primeiro lugar no geral.
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“É minha primeira vez no Bolsa Escola. Vou comprar um celular com o dinheiro e guardar o resto”, disse Gabrielle, de 11 anos.
“Esta bolsa não é um presente. É para que vocês tenham certeza que com o esforço haverá sempre uma recompensa. Só através do conhecimento, do estudo é possível melhorar de vida”, reforçou Dr. Aluizio.
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O Bolsa Escola tem gerado um círculo virtuoso com os alunos buscando melhorar as notas e, mais do que isso, mantê-las assim. Além de quase dobrar a média geral dos alunos do Fundamental 2, o índice de permanência no programa foi de 50%, ou seja, 50 dos 100 premiados no primeiro bimestre conseguiram sustentar o rendimento no segundo.
“Podemos assistir de perto a motivação dos alunos para a melhoria nas notas, estudando mais e ajudando uns aos outros”, frisou Luziana Simões, diretora do Colégio Botafogo.
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O projeto tem ajudado também aqueles que por inúmeras razões não puderem finalizar seus estudos adequadamente, na infância e na adolescência, e buscam agora, mesmo com as demandas da vida adulta, completar sua formação e almejar sonhos maiores.
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“Eu achava que não tinha chances, foi uma surpresa. Vou investir em materiais de acessibilidade para estudar mais”, vibrou Ronaldo Santana, de 41 anos, deficiente visual e aluno da EJA, ao receber seu certificado das mãos do prefeito.
Para o secretário de educação, Guto Garcia, o Bolsa Escola é a menina dos olhos. “Trata-se de uma conquista pioneira para as 106 escolas do nosso município”.
