Macaé — O debate sobre economia sustentável e preservação ambiental está cada vez mais presente e urgente. Mas é preciso ir das palavras às ações concretas, mesmo que em âmbito local. Como a oficina de elaboração de biofertilizante organizada pelos técnicos da Secretaria de Agroeconomia de Macaé. Na quarta, eles promoveram uma edição no Sítio Canaã, comunidade de pequenos produtores rurais no assentamento Prefeito Celso Daniel, em Cabiúnas II.
Lá, os engenheiros agrônomos compartilharam o conhecimento sobre a elaboração do fertilizante natural com os 22 produtores do local e apresentaram técnicas de cultivo.
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"O biofertilizante não é agressivo, não polui as plantas e os solos e, principalmente, não contamina quem estiver manuseando o produto. O uso proporciona uma qualidade superior às verduras e aos outros alimentos cultivados”, destacou o agrônomo João Flores.
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O tempo médio de preparação do material é de oito semanas, com acréscimos de nutrientes a cada semana. A mistura leva elementos químicos e orgânicos como esterco de boi, melaço, soro de leite e cinzas de madeira, ingredientes aos quais os agricultores têm farto acesso em sua própria propriedade. O que barateia muito todo o cultivo.
“Achei muito boa essa iniciativa de fazermos o biofertilizante por meio de mutirão, pois diminuiu muito os custos, além de agregar valor com essa participação coletiva, já que a agricultura familiar possui poucos recursos”, comentou Francisco Carlos Soares, há 15 anos plantando e colhendo hortaliças, coco e limão, e produzindo leite no assentamento.
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Além da economia, os plantadores observam uma melhora na qualidade dos alimentos. “Observei os benefícios ao utilizar o biofertilizante nas hortaliças. O produto é rico em nutrientes e, no período de três a quatro dias, podemos ver as folhas das verduras viçosas e o seu crescimento também é muito bom”, apontou Soares.
“Tive resultados muito bons ao utilizar biofertilizante na eliminação de pragas como borboleta, pulgão e borra preta nas laranjas”, fez eco Maria de Fátima Santana, sublinhando outro ganho do uso do insumo, o combate às pragas sem o uso de pesticidas e agrotóxicos.
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A Secretaria de Agroeconomia oferece o curso para confecção do biofertilizante para os pequenos produtores de Macaé. Basta entrar em contato pelo telefone (22) 2759.5309, ou comparecer à sede da secretaria, no Parque de Exposições Latiff Rocha Mussi, Rodovia Amaral Peixoto, s/n, bairro São José do Barreto.
