Dilvani Santana, 53 anos, era casada e deixa cinco filhos REPRODUÇÃO DA INTERNET
Por José Eduardo Silva
Publicado 21/04/2020 15:08
Macaé - “Ela merecia um enterro de rainha. Sua vida era dar aulas e trabalhar nos hospitais. Conosco deixa muitos ensinamentos, grandes e lindas lições de vida. Mas também eterna saudade. Para sempre será recordada com carinho, respeito e admiração por toda sua família. Descansa em paz guerreira”, disse, bastante emocionado o viúvo, Deivison Araújo. Sua mulher, Dilvani Santana, de 53 anos, foi a sétima vítima fatal da Covid-19 em Macaé.

O caso foi registrado pela Secretaria de Saúde na noite de segunda-feira (20). A vítima era enfermeira e ex-presidente da Cruz Vermelha Brasileira de Macaé. Segundo familiares, ela estava internada no Hospital Público Municipal (HPM) se recuperando de uma cirurgia na coluna. Seu quadro clínico piorou nos últimos dias quando testou positivo para coronavírus.

Dilvani Santana era casada e deixa cinco filhos, sendo dois menores de idade. O corpo da enfermeira foi sepultado na manhã desta terça-feira (21), no Cemitério Memorial da Igualdade, sem velório, apenas com a presença de poucos familiares.

Coordenadora do Curso de Enfermagem da escola José Rodrigues em Macaé, Dilvani era uma pessoa muito querida, sempre presente nas atividades sociais e filantrópicas da cidade.

“A família Escola José Rodrigues vive um momento de imensa dor. É inacreditável perder Dilvani Santana. Perder uma pessoa em pleno combate é dolorido demais. A ela toda honra, nossa eterna gratidão e reconhecimento a guerreira, mulher, mãe, esposa, filha, professora, amiga e sobretudo, uma grande enfermeira, de uma humanidade sem precedentes. Dilvani guerreira, você combateu o bom combate até o fim. Siga em paz nossa amiga. Que nosso Senhor Jesus Cristo a acolha na eternidade e console toda sua família”, diz a nota de pesar da Escola José Rodrigues.
A Cruz Vermelha Brasileira Macaé também lamentou a morte de Dilvani Santana, ex-presidente da instituição. “A CVBM presta as devidas condolências à família. Dilvani foi uma pessoa com grande dedicação à causa humanitária, virtude essa que compartilhamos em nosso voluntariado na Cruz Vermelha Brasileira Macaé, e também por seu exercício profissional na nobre vocação da Enfermagem”, disse a nota.