"Pesquisas ao redor do mundo já identificaram a presença do vírus no esgoto de grandes centros urbanos. No entanto, foram usados métodos diferentes para esta avaliação e as amostras são geralmente complexas, o que pode gerar sérias imprecisões quanto aos dados obtidos. Com a adoção de um método-padrão, inédito no país, temos condições de tornar as análises mais precisas e ter uma real visão da propagação da doença em uma região", explica o pesquisador do Instituto SenaiI de Inovação em Química Verde, Alex Queiroz.
Para validação do método proposto, serão coletados materiais em pontos estratégicos do município e a expectativa é de que os resultados permitam estimar o real nível de contaminação na cidade, considerando que uma parcela dos pacientes com Covid-19 pode não apresentar sintomas evidentes, porém são capazes de transmitir o vírus para outras pessoas.
"Com este projeto, estamos investindo no desenvolvimento de uma ferramenta que poderá ser de extrema utilidade para as políticas de combate ao Coronavírus. Os resultados vão servir como uma base de informações para o monitoramento do avanço da pandemia em Macaé", pontua Sinval Andrade, diretor da BRK Ambiental no Rio de Janeiro.
Ao longo das análises, todas as instituições vão contribuir ativamente com o projeto. A BRK Ambiental será responsável pelo suporte tecnológico em relação aos processos de tratamento de esgoto; o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde realizará os ensaios laboratoriais; a Vitaltec Engenharia vai desenvolver o sistema de ultrafiltração e a Prefeitura de Macaé vai promover apoio logístico e institucional.
"A necessidade de mais informações acerca da Covid-19 é um novo desafio para a humanidade. E a parceria para o levantamento de dados tão relevantes se alia às demais ferramentas que estamos utilizando no município, como os testes em massa, para fazermos o melhor no combate a esta doença", reforça o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio dos Santos (PSDB).