Pelo menos até o ano de 2027, Riverton Mussi não poderá ter seu registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral. - Divulgação
Pelo menos até o ano de 2027, Riverton Mussi não poderá ter seu registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral.Divulgação
Por Bertha Muniz
 
MACAÉ - Dias após anunciar a sua candidatura a prefeito de Macaé pelo PDT, Riverton Mussi, perdeu mais uma briga na Justiça e continua inelegível. Mussi, chegou a caminhar com o pré-candidato do PT, Igor Sardinha, antes de tentar carreira solo, mesmo sabendo das suas pendências judiciais que deixa ele fora do jogo político.

Em uma última tentativa para conseguir seu registro de candidatura, Riverton Mussi solicitou um habeas corpus para suspender os efeitos de uma das suas condenações que o deixaram inelegível por cinco anos a partir de 2017, data do trânsito em julgado da decisão condenatória de improbidade administrativa.

A Ação de Improbidade Administrativa (0012959-02.2009.8.19.0028) o condenou por realizar publicações em jornais diversos, contratados sem licitação, o que caracterizou abuso de poder político, causando danos ao erário e enriquecimento ilícito. O pedido Habeas Corpus foi indeferido liminarmente nesta segunda-feira (21), pelo Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell Marques, um verdadeiro balde de água fria na pretensão de ser candidato.

Além disso, Riverton também tem outra condenação em ação de improbidade administrativa que o deixa inelegível por 10 anos a partir de 2017, data do trânsito em julgado na ação, por ter contratado sem licitação publicidade visando promoção pessoal.

Ele foi condenado por envolvimento em um esquema milionário de fraude de licitações relativas à contratação de serviço de transporte universitário de estudantes. Neste caso também ficou caracterizado o abuso de poder político, causando dano ao erário e enriquecimento ilícito.


Somando as condenações, pelo menos até o ano de 2027, Riverton Mussi não poderá ter seu registro de candidatura deferido pela Justiça Eleitoral. Depois de governar o município por dois mandatos, Riverton ainda tem um capital político na cidade.

Ele foi vereador pelo PSDB, passou pelo MDB, PRB, Avante e em 2016 aportou no PDT, mas na eleição do ano passado, apoiou a candidatura de Anthony Garotinho à sucessão estadual (antes da cassação do registro) e para deputado Federal apoiou a candidatura de Ricardo Salgado (DC) à Câmara Federal e Rodrigo Bacellar (SD) para Alerj.

No âmbito da Operação Lava Jato, ele é citado na relação de políticos que teriam recebido propina de operadores da Odebrecht.