Macaenses acreditam que a GAS consultoria em bitcoins é 100% idôneaDivulgação/Ana Clara Menezes
Publicado 03/09/2021 01:15 | Atualizado 05/09/2021 12:24
Macaé - Uma carreata, como forma de protesto pacífico, percorreu Macaé, na noite desta quinta-feira (2). Saindo do ponto de encontro, o Shopping Plaza, protestantes percorreram os bairros Centrais e Sul da cidade. O motivo: apoio à liberdade de Glaidson Acácio dos Santos, preso na Operação Kryptos, acusado de comandar um bilionário esquema de pirâmide financeira que teria braços no exterior.

Cerca de 25 carros e um trio elétrico passaram pela Orla dos Cavaleiros, por volta das 19:30h, no protesto. Levando em consideração, que cada contrato de investimento da GAS era de no mínimo R$ 5 mil, somando um cliente por veículo que participou da carreata, pelo menos R$ 125 mil dos investidores macaenses podem estar em risco. Assista ao vídeo: 

Durante a força-tarefa, no dia 25 de agosto, no Condomínio da Barra da Tijuca do ‘faraó das criptomoedas’, foram apreendidos mais de R$147 milhões em bitcoins, que estavam em carteiras físicas, além de quase R$ 14 milhões em espécie, libras esterlinas, euros, carros de luxo, jóias, relógios e documentos.

A valorização do Bitcoin na última década, passou de US$ 5, em 2011, e hoje gira em torno de US$ 50 mil. Segundo as investigações da Polícia Federal, a GAS consultoria prometia lucros incompatíveis com o mercado financeiro.

André Schuindt, um dos líderes da carreata e consultor da GAS com rede de clientes em Macaé, afirmou que a empresa é 100% idônea, com quase 10 anos no mercado e 100% de clientes satisfeitos. “Vamos aguardar. Tudo será esclarecido!”, afirmou.
Para Douglas Azevedo, investidor da GAS em Macaé, a empresa não é um esquema de pirâmide, pois ele indicou pessoas de sua família e não ganhou nenhuma porcentagem em cima disso:

“Investi R$ 10 mil, e sempre recebi certinho, até adiantado. Acredito que os bancos estejam por trás dessa acusação ao Glaidson, porque viram que estavam perdendo clientes e também pela criptomoeda ser nova no Brasil, as pessoas ficam com pé atrás, mas nos países mais desenvolvidos não existe esse tipo de problema. Continuo recebendo, mesmo com ele preso, pq a empresa não é só ele, tem outros responsáveis, advogados que estão lutando para que a justiça seja feita”, contou o professor de Educação Física.

Para o empresário de Macaé, Fabrício Costa, todo dinheiro fácil com retorno muito rápido em investimentos tem seu risco:

“Sempre achei duvidoso, mas o que ouvia é que dava lucro. Quando soube como funcionava, fiquei muito atraído, só não investi, porque não tive condições. Um funcionário investiu R$ 10 mil e um amigo da área offshore investiu mais de R$ 200 mil. A minha torcida é que eles não saiam no prejuízo.

O professor de economia da FGV, Jefferson Colombo, citou na reportagem que foi ao ar pelo Fantástico uma das táticas de empresas fraudulentas:
“Se existe essa remuneração para você, caso você traga mais participantes, já é mais um sinal de alerta de que se trata de algum tipo de fraude, com uma pirâmide financeira. Em geral, essas pessoas ostentam muito em redes sociais e tentam despertar esse gatilho da ganância. E quem não gostaria de dinheiro fácil? O problema é que isso não existe”.
No Condomínio da Barra da Tijuca do ‘faraó das criptomoedas’, foram apreendidos mais de R7 milhões em bitcoins, que estavam em carteiras físicas, além de quase R$ 14 milhões em espécie - Divulgação
No Condomínio da Barra da Tijuca do ‘faraó das criptomoedas’, foram apreendidos mais de R7 milhões em bitcoins, que estavam em carteiras físicas, além de quase R$ 14 milhões em espécieDivulgação
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