Agentes da Guarda Ambiental recolheram três armadilhas para caçar caranguejos-uçás no Parque Natural Municipal Barão de Mauá, em Ypiranga. Em cada artefato, havia um animal preso.Divulgação/Prefeitura de Magé
Por O Dia
Publicado 30/06/2021 13:53
Magé - A Guarda Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Magé destruiu, nesta terça-feira (29/06), armadilhas de caça de caranguejos-uçás que foram montadas no Parque Natural Municipal Barão de Mauá, no bairro Ypiranga, em Mauá. Os artefatos foram colocados na área de manguezal e, em cada um deles, havia um animal preso – dois machos e uma fêmea ferida.
O administrador do parque, Adeimantos Carlos da Silva contou que a área é muito visada por caçadores por ser berçário de caranguejos e rota de diversos animais. “Já catalogamos 116 tipos de aves diferentes que frequentam o parque em rotas migratórias. Além disso, há capivaras, micos e furões frequentemente vistos por aqui”, relatou.
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Durante a fiscalização, o guarda ambiental Tadeu Verlingue comentou que o Parque Barão de Mauá fica às margens da Baía de Guanabara e, por isso, está bastante suscetível à ação de caçadores. “Para pegar os caranguejos, eles armam essas ‘ratoeiras’ feitas de cano de PVC e elástico durante a noite e prendem os animais no interior delas”, explicou. Bióloga e agente da guarda, Gerlaine Costa disse que a maioria dos caranguejos capturados são usados para a venda em feiras e mercados do Estado do Rio para fins culinários.
Apreensões
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Em 2021, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente resgatou 94 animais silvestres. Além dos caranguejos-uçás, teve jacaré, tamanduá-mirim, paca, coruja e preguiças. A maior apreensão aconteceu, em fevereiro, quando guardas municipais, acompanhados de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e da Polícia Militar, resgataram 85 aves, entre coleiros, saíras, pixoxós, canários da terra e trinca-ferros, em uma propriedade rural de Raiz da Serra. Em abril, a Fiscalização Ambiental da Prefeitura de Magé soltou um jacaré no seu habitat natural em Mauá e levou duas preguiças para o centro de triagem do Ibama em Seropédica. Em junho, uma coruja, uma paca ferida e um tamanduá-mirim foram encontrados por moradores nas proximidades de suas casas. A Guarda Ambiental foi acionada e os animais, levados também para o CT do Ibama.
Animais domésticos
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Já quanto aos animais domésticos, a SMMA recebeu denúncia de maus-tratos de dois cachorros. Em um dos casos, o animal foi monitorado e o proprietário tornou-se fiel depositário e se comprometeu a cuidar melhor do bicho. Em outro caso, uma cadela, foi levada para a sede da Secretaria, em Santa Dalila. Nomeada pelos guardas de Baronesa, o animal está recebendo todos os cuidados e será encaminhado para uma instituição para a adoção assim que estiver totalmente recuperado. “Quando nós a resgatamos, ela estava muito maltratada. Tinha ossos danificados e quase não ficava de pé. Agora, ela já está bem melhor”, afirmou o chefe da Fiscalização Ambiental, Marcelo Farias.
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