Publicado 01/07/2021 17:37
Magé - Há mais de um ano que crianças com microcefalia atendidas pelo Núcleo Ampliado de Saúde da Família (Nasf) estavam sem atendimento em Magé. Neste mês, a Prefeitura de Magé retornou com as consultas e implantou o round multidisciplinar, que é uma consulta coletiva, onde os responsáveis e as crianças são atendidas por toda a equipe técnica.
“Nós estamos fazendo a retomada das atividades, porque o atendimento foi paralisado desde o início da pandemia. Decidimos criar um round multidisciplinar onde a criança é avaliada por todos os profissionais, como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, pediatra, assistente social e psicóloga. Nossa equipe faz atendimento à essas crianças para traçar o melhor plano de tratamento e acompanhamento dentro das USFs através do Nasf”, explica a coordenadora, Danielle Rogoginsky.
O round é um plus no acompanhamento. Danielle afirma que as crianças são atendidas com a frequência necessária dentro de cada realidade. “Sempre que eles precisam de atendimento nós fazemos o agendamento e eles conseguem consulta com mais agilidade”, garante.
Além do retorno das atividades, o atendimento voltou com diversas novidades: uma delas é a caderneta de acompanhamento criada pela Secretaria Municipal de Saúde.
“Nós fazemos esse acompanhamento através da Estratégia de Saúde da Família, onde a criança tem todo o agendamento associado a essa caderneta. Hoje através desse primeiro round de atendimento multiprofissional essa marcação já vai ter a frequência estabelecida de três a seis meses no máximo”, explica a coordenadora do Nasf.
O tratamento é destinado às crianças que tiveram microcefalia como sequela na epidemia de Zika, em 2015.
“O atendimento a essas crianças com microcefalia acontece em decorrência ao histórico de Zika de 2015. Esse suporte também vem do Estado e através da Vigilância Epidemiológica municipal, que traça e fecha esses dados para que elas tenham todo esse suporte. Todas as categorias que já foram diagnosticadas estão na listagem do nosso Programa e estão recebendo o atendimento com especialistas em Magé. Além de acompanhamento no Instituto Fernandes Figueira, nessa parceria com o Estado”, finaliza Danielle.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.