Publicado 08/03/2020 21:25 | Atualizado 08/03/2020 22:00
Maricá - Os números de violência contra mulheres em Maricá em 2018 foram alarmantes: 37 estupros, 7 tentativas de estupros, 473 lesões corporais, 53 violações de domicílio, 2 feminicídios, 2 homicídios dolosos, 1 assédio sexual, 494 ameaças, entre outros. Ao todo, 1.587 casos foram denunciados. Em 2019 houve 1 caso de feminicídio no município.
Com o objetivo de chamar a atenção para o índice preocupante, os movimentos sociais feministas da cidade e a sociedade organizada realizaram um ato no Dia Internacional da Luta da Mulher. A ação, fez parte dos eventos 8M e aconteceu na Rodovia Amaral Peixoto, altura do quilômetro 13, em Inoã, na entrada do município de Maricá.
Militantes feministas da UBM, UNEGRO, UJS, AMT, FENEGRAS, MPJ, MOVIDADE, MNU e MAE se reuniram nesta quinta e sexta-feira para discutir os eventos dedicados ao 8M pela cidade e produzirem material que serviu como base visual para a intervenção realizada neste domingo. Além de cartazes, faixas e placas, foram usados elementos-surpresa para intensificar o significado da manifestação.
Apesar de Maricá não registrar muitos casos de feminicídio, em nada suaviza a estatística municipal, uma vez que aproximadamente dois terços dos casos denunciados são crimes violentos e a falta de estrutura adequada limita as denúncias. O total de denúncias levantado pelo ISP chega a 2% da população feminina.
Com o objetivo de chamar a atenção para o índice preocupante, os movimentos sociais feministas da cidade e a sociedade organizada realizaram um ato no Dia Internacional da Luta da Mulher. A ação, fez parte dos eventos 8M e aconteceu na Rodovia Amaral Peixoto, altura do quilômetro 13, em Inoã, na entrada do município de Maricá.
Militantes feministas da UBM, UNEGRO, UJS, AMT, FENEGRAS, MPJ, MOVIDADE, MNU e MAE se reuniram nesta quinta e sexta-feira para discutir os eventos dedicados ao 8M pela cidade e produzirem material que serviu como base visual para a intervenção realizada neste domingo. Além de cartazes, faixas e placas, foram usados elementos-surpresa para intensificar o significado da manifestação.
Apesar de Maricá não registrar muitos casos de feminicídio, em nada suaviza a estatística municipal, uma vez que aproximadamente dois terços dos casos denunciados são crimes violentos e a falta de estrutura adequada limita as denúncias. O total de denúncias levantado pelo ISP chega a 2% da população feminina.
A presidente da UBM (União Brasileira de Mulheres), Mãe Simone (Simone Silveira), uma das responsáveis pelo ato, falou com exclusividade com o Jornal O Dia Maricá.
"O dia de hoje, 8 de março, pra gente é um dia de luta e reflexão em memória às mulheres que foram mortas tentando recuperar o seu direito. É muito importante este ato porque nós estamos aqui homenageando essas mulheres. Na verdade é um momento de luta e sobrevivência, pois hoje em dia a gente tem que lutar pra sobreviver. A gente luta por direitos iguais, equidade, mas nesse momento a gente luta pra sobreviver. E aqui em Maricá a estatística de violência é muito alta. São 1587 mulheres vítimas de agressão. É um dor silenciosa para muitas mulheres. Então a gente faz esse ato incentivando as mulheres a não se calarem, a denunciarem e não fazerem mais parte de estatísticas como essas. O dia 8 de março, o Dia Internacional das mulheres, não é uma comemoração, é um dia de batalha, de recuperar e manter nossos direitos."
O ato aconteceu na manhã deste domingo e continuou à tarde em Araçatiba com um show de Mariana Cunha.
"O dia de hoje, 8 de março, pra gente é um dia de luta e reflexão em memória às mulheres que foram mortas tentando recuperar o seu direito. É muito importante este ato porque nós estamos aqui homenageando essas mulheres. Na verdade é um momento de luta e sobrevivência, pois hoje em dia a gente tem que lutar pra sobreviver. A gente luta por direitos iguais, equidade, mas nesse momento a gente luta pra sobreviver. E aqui em Maricá a estatística de violência é muito alta. São 1587 mulheres vítimas de agressão. É um dor silenciosa para muitas mulheres. Então a gente faz esse ato incentivando as mulheres a não se calarem, a denunciarem e não fazerem mais parte de estatísticas como essas. O dia 8 de março, o Dia Internacional das mulheres, não é uma comemoração, é um dia de batalha, de recuperar e manter nossos direitos."
O ato aconteceu na manhã deste domingo e continuou à tarde em Araçatiba com um show de Mariana Cunha.
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