City, county and state officials release balloons in honor of the victims during a prayer vigil for the Marjory Stoneman Douglas High School shooting at Parkridge Church in Coral Springs, Florida on February 15, 2018. The heavily armed teenager who gunned down students and adults at a Florida high school was charged Thursday with 17 counts of premeditated murder, court documents showed.Nikolas Cruz, 19, killed fifteen people in a hail of gunfire at Marjory Stoneman Douglas High School in Parkland, Florida. Two others died of their wounds later in hospital, the sheriff's office said. / AFP PHOTO / RHONA WISE CaptionAFP/RHONA WISE
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Publicado 16/02/2018 03:00

Estados Unidos - Após o ataque a tiros que deixou 17 mortos e 14 feridos em um colégio na Flórida, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, discursou ontem e culpou a "pertubação mental" do criminoso, um jovem de 19 anos, pelo massacre. O chefe magnata da Casa Branca não mencionou qualquer intenção de restringir o controle de armas no país.

Nikolas Cruz, ex-aluno da escola, entrou no local com um fuzil AR-15, comprado legalmente. Ele foi preso duas horas após o massacre. "Estamos empenhados em trabalhar para proteger nossas escolas e enfrentar a difícil questão da saúde mental", afirmou Trump, em Washington.

Com o ocorrido, os Estados Unidos voltam a enfrentar o fato de serem o único país desenvolvido onde ocorrem assassinatos com armas de fogo nas escolas. Já é o 18º tiroteio em um centro educacional somente este ano.

No discurso para a nação, atônita, Trump também pediu unidade e invocou "o amor contra o ódio". No Twitter, o presidente, que foi eleito com o apoio da influente Associação Nacional do Rifle, um poderoso lobby pró-armas, exigiu saber como um "perturbado mental" conseguiu realizar um massacre.

"Tantos sinais de que o atirador da Flórida era um perturbado, inclusive expulso da escola por sua má e errática conduta", tuitou Trump. Também acrescentou que "os vizinhos e os colegas de classe sabiam que era um grande problema. Devem informar sobre esses casos às autoridades sempre, mais de uma vez!".

Como foi o massacre

Na quarta-feira, Nikolas Cruz chegou no horário do fim das aulas e disparou o alarme de incêndio para dar início ao ataque contra os estudantes que deixavam o prédio.

A estudante brasileira Melissa Camilo, de 15 anos, contou ao jornal 'Folha de S.Paulo' que correu em direção à parede e ficou em silêncio quando ouviu os tiros.

"A gente ficou bem quietinho para ele não saber que tinha gente na sala. Quando a gente saiu, era só sangue e corpo", afirmou.

 

Supremacista branco, antissemita, amante de armas
Nikolas foi preso em uma cidade vizinha duas horas após o massacreAFP/Miguel GUTTIEREZ
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Nikolas Cruz, de 19 anos, vestia uma máscaras de gás sobre o rosto, um chapéu preto e calça e blusa marrons e tinha vários cartuchos de munição ao invadir o colégio na Flórida.
O atirador é um adolescente admirador de armas, que havia sido expulso do estabelecimento de ensino por razões disciplinares.
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Sua mãe adotiva morreu de pneumonia no fim do ano passado, e Nikolas foi acolhido pela família de um colega de turma.
"Ele era um pouco estranho, estava um pouco deprimido após a morte de sua mãe, mas quem não estaria?", ponderou o advogado da família.
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O jovem também pertenceu a um grupo de supremacistas brancos. Um líder do grupo "Republic of Florida" (RoF) admitiu que Cruz participou de sessões de treinamento do movimento.
O líder do grupo sugeriu que a presença de alunos judeus poderia ter relação com o massacre. "Havia muitos judeus nessa escola, que podiam estar se metendo com ele", comentou.
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No Instagram, Cruz mantinha uma conta onde exibia sua obsessão com armas de fogo, incluindo algumas de grosso calibre, e com diversos tipos de facas.

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